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Clubes e atletas fazem novas exigências para a volta do futebol na Itália

Federação prevê o retorno dos treinos já nesta segunda 18, mas alguns clubes prometem boicotá-lo caso não haja alteração de itens do protocolo de saúde

A Federação Italiana de Futebol (FIGC) formalizou na última quarta-feira 13 uma proposta de retomada do Campeonato Italiano para o dia 13 de junho. Segundo a imprensa local, a associação de jogadores e oito clubes não aprovaram o protocolo de saúde, confeccionado pela FIGC e membros do Comitê Técnico Científico (CTS) do Ministério da Saúde. A principal crítica é a quarentena automática de 15 dias para todo elenco caso um jogador seja infectado pelo coronavírus.

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“O método para lidar com um eventual caso positivo não parece adequado para garantir que a temporada seja completa. Há um risco concreto de ter de parar outra vez assim que voltarmos ao campo. Todos os nossos esforços até agora seriam em vão”, diz o comunicado dos jogadores.

Os atletas estrangeiros já estão na Itália para o recomeço dos treinos coletivos, mas Inter de Milão, Milan, Napoli, Atalanta, Cagliari, Verona, Sampdoria e Genoa lideram uma frente que cobra mudanças no protocolo de saúde. A medida criticada pelos clubes e associação dos jogadores foi um dos pedidos de Vincenzo Spadafora, ministro do esporte, para a retomada de treinamentos e jogos. As equipes pedem à FIGC para se basear no protocolo alemão, que prevê quarentena apenas para aqueles que forem contaminados, e apenas  monitoramento do restante do elenco.

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“Sentimos necessidade de mais transparência no protocolo, que pode ser concretamente aplicado semanas após a primeira fase de treinamento. Saber quais etapas precisamos seguir, nos ajudaria a compartilhar esta jornada sem riscos e mal-entendidos desnecessários inúteis neste momento”, encerrou o comunicado.

A alternativa mais eficiente para evitar uma nova paralisação do campeonato seria confinar os jogadores em concentração permanente, como sugere inclusive a Federação Paulista de Futebol, mas tal determinação seria algo impraticável segundo Beppe Marotta, CEO da Inter de Milão. “Não desejo causar polêmica, mas, com as regras em vigor, simplesmente não somos capazes de realizar um retiro de treinamento. Temos apenas 27 quartos em nosso centro de treinamento. Pedimos que o protocolo seja alterado ou não temos outra alternativa”, disse ao jornal La Reppublica, nesta quinta.

A FIGC terá de entrar em consenso com os clubes, jogadores e o governo em tempo hábil para a volta dos treinos, marcada para a próxima segunda-feira, 18. Os campeonatos nacionais que tiverem condição de retomar os jogos precisam ser finalizados até o início de agosto, segundo demanda da Uefa, que utilizará esse mês para finalizar as competições continentais, caso da Liga dos Campeões e Liga Europa.

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