Chefe de segurança da CBF é demitido após liberar ida de pastor à concentração
Moacyr Alcoforado foi o responsável pela entrada do pastor Guilherme Batista na concentração da seleção brasileira durante os amistosos de setembro, nos Estados Unidos
Nomeado pelo ex-presidente da CBF José Maria Marin, o coronel Moacyr Alcoforado, chefe de segurança da seleção brasileira, foi demitido pouco mais de dois meses depois dos amistosos disputados em setembro, nos Estados Unidos, quando o pastor Guilherme Batista foi à concentração da equipe e realizou cultos na presença dos jogadores. Missionário de Goiânia (GO), o pastor de 25 anos não teve sua entrada autorizada, segundo a comissão técnica. Moacyr foi indicado por Marin em 2013 para substituir José Antonio de Almeida, que cuidou da Granja Comary durante mais de dez anos.
Na época, o pastor postou vídeos e fotos nas redes sociais agradecendo aos jogadores pela recepção. O meia Kaká e o zagueiro David Luiz, conhecidos pelo apego à religião, tiveram menções especiais nos comentários. O técnico Dunga não gostou da visita do pastor e chegou a dizer que “seleção não é lugar de religião”.
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Revoltado com a tentativa de autopromoção do pastor, que até chegou a divulgar a foto em uma rede social se referindo a Dunga como “chefe”, o treinador rechaçou a atitude na entrevista coletiva após os amistosos. “Dentro da Seleção as coisas são feitas com transparência. Temos uma sala onde os jogadores podem receber seus familiares ou pessoas mais de perto. Não que é nada proibido, mas na seleção brasileira não é local de exposição religiosa nem política”, declarou o treinador em nome da comissão técnica da seleção brasileira.
(Com Gazeta Press)