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Chapecó é toda verde para momento histórico na Libertadores

Cidade se prepara para receber seu primeiro jogo de Copa Libertadores da América

Não é preciso procurar muito para encontrar torcedores vestidos com as cores da Chapecoense, o orgulho da cidade de Chapecó. Uma volta pela Avenida Getúlio Vargas, uma das principais do município, ou alguns minutos sentado na praça Coronel Bertaso, em frente à Catedral Santo Antônio, são suficientes para ver um mar de camisas oficiais, bermudas e bonés com o símbolo do time ou homenageando as vítimas do acidente do dia 29 de novembro de 2016.

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Nos bazares, nas lojas de materiais de construção, de roupas ou de eletrônicos, não importa, sempre algum material do clube estará à venda.Chapecó é uma cidade pacata e simpática. O clube sempre foi a menina dos olhos da cidade e o carinho pela equipe cresceu após a tragédia do ano passado. De bandeiras com o sinal de luto nas janelas de casas e lojas a carros estilizados, encontra-se de tudo em Chapecó para demonstrar o amor pelo time.

https://www.youtube.com/watch?v=yuaQxy48o2Y

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O vendedor Rafael de Quadros Ortiz, de 31 anos, pouco depois do acidente resolveu comprar um Fusca. Figura carimbada no estádio em todo jogo da Chape, decidiu fazer uma homenagem: “Comprei o carro branco e coloquei uns adesivos. Resolvi colocar uma bandeira na frente, para incentivar o time.” O desejo é estilizar o carro todo e pintar as rodas de verde para fazer do automóvel um monumento aos seus ídolos.

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Em um pet shop, uma bandeira da equipe com o sinal de luto. Felipe Tremea Peres, de 23 anos, comerciante, parece ter esquecido o símbolo ali. “Já devia ter tirado, né? Acho que o luto já passou.” Para ele, o melhor jeito de homenagear as vítimas do acidente aéreo é seguir em frente. “O clube tem de manter o legado que a Chapecoense tinha e continuar sendo esse clube que trabalha, que monta elencos fortes mesmo sem muito dinheiro.”

https://www.youtube.com/watch?v=yuaQxy48o2Y

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O sentimento é o mesmo de alguns membros da organizada Torcida Jovem. O estudante Maike Curzzel, de 17 anos, segue a Chapecoense onde for jogar e não esconde a ansiedade para o confronto desta noite contra o Lanús, às 19h30. Espera uma vitória e que todos saiam do estádio felizes. Ou quase todos. “Claro que estou falando da nossa torcida e não dos argentinos”, brinca. “Vamos estar lado a lado, não importa o que aconteça. Esse é o nosso dever. Temos amor ao clube”.

O casal Alison Garbin Lazaretti,  de 22 anos, e Catiane Gonçalves Pereira, de 16, também frequenta a Arena Condá em todos os jogos. Ele é sócio do clube há anos e convenceu Catiane a se associar há alguns meses. A menina não conseguiu conter as lágrimas assim que começou a falar sobre a Chapecoense. O rapaz, também emocionado, espera que o espírito de união demonstrado nos últimos anos se repita no novo grupo. “Eles estão representando bem. Incorporaram a família que era o time anterior.”

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Depois de todo o sofrimento, chegou o dia de a população celebrar e homenagear aqueles que se foram e desfrutar o primeiro jogo da equipe na Copa Libertadores na Arena Condá.

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