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CBF negocia amistoso com agência indiciada nos EUA

Empresa acusada de pagar subornos a cartolas da Fifa organiza o Superclássico das Américas, confronto entre Brasil e Argentina que tem nova edição prevista para setembro

Uma das empresas indiciadas nos Estados Unidos por pagar subornos milionários ao ex-presidente da CBF José Maria Marin e a outros cartolas da Fifa negocia a realização de um amistoso do Brasil, no dia 5 de setembro, em São Francisco, contra a Argentina. A partida faz parte da série de Superclássicos das Américas, uma iniciativa ainda da gestão de Marin e Del Nero e que envolvia a empresa Full Play, cujo dono e o vice-presidente – Hugo Jinkins e seu filho Mariano – estão em prisão domiciliar na Argentina, aguardando o processo de extradição para os EUA. Quem também participava da organização do duelo era a Klefer, empresa do brasileiro Kleber Leite, que nesta terça-feira também teve seus bens congelados pela Justiça no Rio de Janeiro.

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Ainda assim, a CBF indicou que a partida vai ser disputada. “A CBF, até a presente data, não foi informada pelos organizadores de nenhuma alteração para o jogo entre Brasil x Argentina”, declarou a direção de Comunicação da CBF, nesta terça. O advogado Francisco Castex, um dos defensores de Hugo e Mariano, disse que a empresa continua funcionando. A dupla de empresários está com parte dos bens bloqueados, mas continua no comando da companhia, assinando contratos desde suas casas.

Hugo e Mariano ainda foram acusados pelo FBI de ter criado a Datisa, empresa que serviria para pagar propinas relacionadas à Copa América, inclusive para Marin e outro dirigente da CBF ainda não identificado.

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Argentina – Se a CBF garante que o jogo vai ser realizado, fontes da Associação de Futebol Argentino (AFA) revelaram que pretendem se afastar da Fullplay e cancelar a partida. Oficialmente, a entidade informou que o único amistoso da seleção argentina fechado para 2015 será contra o México, em 8 de setembro, no Texas. A organização disse que há outra data Fifa aberta, para a qual se está buscando adversário. Ou seja, oficialmente a Argentina nega a realização do duelo contra o Brasil.

Quando o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, retornou às pressas de Zurique, no final de maio, ele garantiu em uma coletiva de imprensa que revisaria os contratos da entidade, depois da prisão de Marin. “Temos que analisar todos os contratos. Não podemos dizer que são ruins, péssimos para a CBF, porque as coisas andaram bem até agora. À medida que haja suspeita, temos que reavaliar. É isso que está sendo feito”, garantiu Del Nero.

(Com Estadão Conteúdo)

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