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Catar-2022: revista levanta nova suspeita contra CBF

Federações de Brasil e Argentina teriam recebido pagamento após realização de amistoso em Doha, em 2010, em troca de votos para o Catar

A CBF voltou a ser alvo de suspeitas em relação à escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022. Em sua edição desta terça-feira, a revista francesa France Football informou que pagamentos paralelos podem ter ocorrido durante o jogo amistoso entre Brasil e Argentina, em novembro de 2010, em Doha, dias antes da votação na Fifa que definiu o Catar como destino do Mundial. Segundo a revista, que traz uma reportagem de capa sobre o tema, duas contabilidades teriam ocorrido naquele amistoso.

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A Fifa, em sua investigação publicada no mês passado, garante que não houve nada de errado naquela partida, vencida pela Argentina por 1 a 0. Mas a publicação alerta que a entidade não encontrou nada simplesmente porque houve uma manobra para camuflar os pagamentos. De um lado, o cachê normal para a CBF e para os argentinos foi pago, com notas fiscais e comprovantes. Mas o mesmo jogo rendeu outros pagamentos que jamais apareceriam nas contas oficiais das federações, de cerca de 3 milhões de dólares (7,8 milhões de reais).

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A France Football também confirmou que a empresa que pagou o amistoso entre Brasil e Argentina em 2010 em Doha foi a Ghanim Bin Saad Al Saad & Sons Group Holdings (GSSG), que hoje é a responsável por obras da Copa de 2022. Uma empresa com sede em Zurique, a Swiss Mideast Finance Group, também participou da operação, ajudando a financiar a partida com seus parceiros ocidentais. A companhia é a mesma que presta consultoria para a Qatari Diar, construtora das obras da Copa do Mundo.

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Entre as obras da empresa de Ghanim Bin Saad na Copa está o principal projeto do evento: a construção da cidade de Lusail, que vai sediar a final em um estádio de 80.000 lugares. Projetada para acolher 450.000 habitantes, a cidade vai custar 45 bilhões de dólares (117 bilhões de reais) e deve estar pronta em 2020. O financiamento para a realização das obras é destinado pelo governo.

(Com Estadão Conteúdo)

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