Carrasco do Brasil, Henry é ‘reforço psicológico’ da Bélgica
Ex-atacante francês, que venceu o Brasil nas Copas de 1998 e 2006, é auxiliar de Roberto Martínez e “conselheiro” dos atacantes belgas
KAZAN – A seleção brasileira terá pela frente nesta sexta-feira, diante da Bélgica, pelas quartas de final, um de seus “carrascos” em Copas do Mundo. Na verdade, ele estará na beira do gramado: o ex-atacante francês Thierry Henry é um dos auxiliares do técnico Roberto Martínez, que o apontou como um “reforço psicológico” da equipe, que busca seu primeiro título mundial.
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O ídolo do Arsenal e da seleção francesa só tem boas lembranças contra o Brasil: em 1998, era reserva da equipe que conquistou o título com show de Zinedine Zidane na decisão em Saint-Denis. Em 2006, foi o próprio Henry quem completou cruzamento de Zidane e marcou o gol que eliminou a forte seleção brasileira nas quartas de final, na Alemanha.
Segundo o técnico Martínez, o ex-jogador de 40 anos usa a sua experiência e “mentalidade vencedora” para aconselhar esta geração belga, repleta de atletas bem-sucedidos em clubes, mas ainda em busca da glória internacional. “Henry tem sido muito importante, porque traz aquele ‘know how’, ele já ganhou a Copa e a Eurocopa, sabe como se comportar nestas situações de pressão”, afirmou Martínez na entrevista da véspera.
“Para ganhar, é preciso superar barreiras psicológicas, e Henry nos ajuda muito”, completou o meia Axel Witsel durante a semana. Henry tem feito trabalhos especiais com o atacante Romelu Lukaku. “Henry entende a cabeça do atacante e me ensinou muitas coisas. Evolui no meu senso de posicionamento e finalizações”, afirmou o camisa 9, que já marcou quatro gols na Copa, após o jogo contra a Tunísia.
Desde a chegada de Henry à comissão, a Bélgica só perdeu um jogo, para a Espanha, na estreia do técnico Martinez, em amistoso em setembro de 2016.