Camisas coladas: disputa que arranca suspiros na Copa
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Camisas coladas: disputa que arranca suspiros na Copa
Os uniformes estão mais justos, modelando o corpo dos jogadores. Entenda a tecnologia por trás das roupas que fazem a alegria do público feminino
Publicado por: Pollyane Lima e Silva em 28/06/2014 às 12:23 - Atualizado em 06/10/2021 às 17:02
Veja.com
1/32 O uruguaio Diego Forlán reage ao gol da Costa Rica no Castelão, em Fortaleza (Gabriel Bouys/AFP/VEJA)
2/32 Diego Lugano, do Uruguai, durante o jogo contra a Costa Rica no Castelão, em Fortaleza (Ronaldo Schemidt/AFP/VEJA)
3/32 Edinson Cavani, do Uruguai (Reuters/VEJA)
4/32 Em Natal, partida entre Itália e Uruguai na Arena das Dunas (Alexandre Battibugli/VEJA)
5/32 Andrea Pirlo deixa o gramado após derrota da Itália para o Uruguai que eliminou a seleção tetracampeã (Carlos Barria/Reuters/Reuters)
6/32 Lance no jogo entre Itália e Uruguai na Arena das Dunas, em Natal (Toru Hanai/Reuters/VEJA)
7/32 O uruguaio Luis Suárez durante o jogo contra a Inglaterra no Itaquerão, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com/VEJA)
8/32 O uruguaio Luis Suárez durante o jogo contra a Inglaterra no Itaquerão, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com/VEJA)
9/32 Jogadores do Uruguai comemoram a vitória sobre a Inglaterra no Itaquerão, em São Paulo (Ivan Pacheco/VEJA.com/VEJA)
10/32 De Rossi, da Itália (Getty Images/VEJA)
11/32 Mario Balotelli, da Itália, lamenta gol perdido no jogo contra a Costa Rica na Arena Pernambuco, em Recife (Alexandre Battibugli/VEJA)
12/32 Mario Balotelli, da Itália, durante o jogo contra a Costa Rica na Arena Pernambuco, em Recife (Alexandre Battibugli/VEJA)
13/32 Islam Slimani e Essaid Belkalem comemoram gol da Argélia (Julian Finney/Getty Images/VEJA)
14/32 Jogadores da Argélia comemoram vitória sobre a Rússia (Getty Images/VEJA)
15/32 O jogador da Argélia, Islam Slimani, comemora gol marcado contra a Coreia do Sul em partida no estádio Beira Rio, em Porto Alegre (Marko Djurica/Reuters/VEJA)
16/32 Jogadores da Argélia comemoram gol contra a Bélgica no Mineirão, em Belo Horizonte (Leonhard Foeger/Reuters/VEJA)
17/32 Xherdan Shaqiri comemora o gol que abriu o placar para Suíça na partida contra Honduras, na Arena Amazônia, em Manaus (Jeon Heon-Kyun/EFE/EPA/EFE)
18/32 Haris Seferovic, da Suíça, comemora o segundo gol contra o Equador no Mané Garrincha, em Brasília (Anne-Christine Poujoulat/AFP/VEJA)
19/32 O chileno Eduardo Vargas comemora gol contra a Espanha no Maracanã, no Rio (Marcelo Sayão/EFE/VEJA)
20/32 Charles Aranguiz, do Chile, disputa a bola com o espanhol David Silva no Maracanã, no Rio (Ricardo Moraes/Reuters/VEJA)
21/32 Os jogadores do Chile Mauricio Pinilla e Jean Beausejour comemoram o terceiro gol contra a Austrália, na Arena Pantanal em Cuiabá (Stu Forster/Getty Images/VEJA)
22/32 O chileno Valdivia comemora gol contra a Austrália, na Arena Pantanal em Cuiabá (Paul Hanna/Reuters/VEJA)
23/32 Valdivia comemora o segundo do Chile sobre a Austrália na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT) (Juan Barreto/AFP/AFP)
24/32 Jozy Altidore, dos Estados Unidos, sente dores na coxa esquerda durante o jogo contra Gana na Arena das Dunas, em Natal (Kamil Krzaczynski/AFP/VEJA)
25/32 Lance no jogo entre Gana e EUA na Arena das Dunas, em Natal (Carlos Barria/Reuters/VEJA)
26/32 Wilfried Bony e Gervinho, da Costa do Marfim, comemoram gol durante partida contra a Grécia, na arena Castelão, em Fortaleza (Eddie Keogh/Reuters/VEJA)
27/32 O jogador da Costa do Marfim, Serge Aurier, durante partida contra a Grécia, na arena Castelão, em Recife (Eddie Keogh/Reuters/VEJA)
28/32 Os jagadores Didier Drogba, da Costa do Marfim, e Jose Holebas, da Grécia, durante partida na arena Castelão, em Recife (Eddie Keogh/Reuters/VEJA)
29/32 Costa do Marfim e Grécia se enfrentam na arena Castelão, em Recife (Sergey Dolzhenko/EFE/VEJA)
30/32 O jogador Ismael Tiote, da Costa do Marfim, dá um carrinho no japonês Keisuke Honda na Arena Pernambuco, em Recife (Youri Kochetkov/EFE/VEJA)
31/32 Lance no jogo entre México e Camarões na Arena das Dunas, em Natal (Matthias Hangst/Getty Images/VEJA)
32/32 Oribe Peralta, do México, cabeceia a bola em lance no jogo contra Camarões na Arena das Dunas, em Natal (Toru Hanai/Reuters/VEJA)
A forma arredondada do atacante Walter, do Fluminense, não teria a menor chance – ou graça. Adriano, que já foi até imperador, nem precisa provar. Ronaldo Fenômeno nunca vestiu nada parecido – mesmo antes de começar a eterna luta contra a balança. Os barrigudos que nos perdoem, mas abdômen sarado é fundamental nesta Copa do Mundo. Em nenhuma outra edição as camisas dos jogadores estiveram tão grudadas ao corpo, e eles nunca estiveram em tão boa forma. Das 32 seleções que entraram em campo na fase de grupos do Mundial, oito se destacaram por vestirem um uniforme ainda mais colado do que as demais. Itália, Gana, Costa do Marfim e Camarões foram eliminadas cedo demais. Mas Suíça, Argélia, Chile e (principalmente) Uruguai voltam para arrancar mais suspiros nas oitavas de final, que começam neste sábado.
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As mulheres agradecem, os gays suspiram, os héteros invejam – tudo bem, alguns nem ligam. Mas se engana quem pensa que a razão para um formato tão justo seja apenas estética. “Existe uma tecnologia por trás disso”, afirmou ao site de VEJA João Diago, responsável pela área de futebol da Puma, a empresa que fabrica os uniformes das oito seleções citadas acima. A inovação tem nome: ACTV (lê-se ‘active’). “A camisa tem faixas de silicone elásticas, que fazem micromassagens e reduzem a vibração muscular. O objetivo é que o atleta economize energia e melhore sua performance. Para funcionar, a camisa precisa estar justa ao corpo, para que as fitas se posicionem junto ao músculo”, explica Diago. Para se chegar a esse modelo, a empresa realizou pesquisas com jogadores de vários países, desde meados de 2011. No Brasil, o Botafogo foi escolhido.
Há quatro anos, no Mundial da África do Sul, a Puma já havia ajustado as camisas das seleções africanas. “Mas nada parecido com o que temos agora, mesmo porque não havia essa tecnologia em 2010”, ressalva Diago. E o sucesso não é medido apenas pelo aumento das vendas – números que a empresa não abre, mas garante: são bastante expressivos. Apesar do mesmo princípio ter sido usado para todas as seleções, a empresa respeitou a individualidade de cada uma, desenvolvendo modelos bastante diferentes. O que explica por que, por exemplo, a do Uruguai parece a mais justa de todas. “Esperávamos um bom retorno do produto, mas não tínhamos noção de quão boa seria a aceitação da parte visual e do belo design, principalmente entre o público feminino”, revela o responsável pela área de futebol da Puma.
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Nas redes sociais, até as mulheres que entendem e gostam de futebol admitem perder a concentração quando uma dessas camisas passa desfilando pela TV. E há aquelas (e aqueles) cuja última preocupação é para que lado foi a bola. “Temos que agradecer para sempre por essa camisa do uniforme colada no Lugano”, exagerou, no Twitter, uma fã do zagueiro uruguaio. Tem quem encontre, claro, uma brecha para fazer piada – os homens, em sua maioria. “Mais justa que a camisa do Uruguai só a justiça divina”, escreveu um perfil. “A camisa do time de Gana é tão colada que se tiver de fazer um raio-x nem vai precisar tirar”, brincou outro. A torcida feminina não se importa. Ao contrário: cresce no microblog o pedido para que todas as seleções adotem o modelito ‘slim’. “Nossa equipe de inovação já está preocupada com 2016”, garante Diago.