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Calor: o inimigo extra das seleções na Copa

O treinador italiano Cesare Prandelli aproveitou o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, em dezembro do ano passado, no sol abrasante da Costa do Sauípe, na Bahia, para reclamar das temperaturas brasileiras, mesmo no inverno. “Há dois grandes problemas no Brasil, os mesmos que experimentamos na Copa das Confederações, em junho: o calor e […]

Publicado por: Carlo Cauti e Jennifer Ann Thomas em 14/06/2014 às 01:00 - Atualizado em 06/10/2021 às 18:14
Calor: o inimigo extra das seleções na Copa
INCÔMODO ANTIGO – A Copa de 94 foi a mais quente da história: técnico joga água em jogador da Irlanda, em partida contra o México, sob calor de 36 graus

O treinador italiano Cesare Prandelli aproveitou o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, em dezembro do ano passado, no sol abrasante da Costa do Sauípe, na Bahia, para reclamar das temperaturas brasileiras, mesmo no inverno. “Há dois grandes problemas no Brasil, os mesmos que experimentamos na Copa das Confederações, em junho: o calor e a umidade”, disse Prandelli, antes mesmo de saber que a Itália estrearia no Mundial contra a Inglaterra em Manaus. Os comentários de Prandelli provocaram uma crise diplomática entre as autoridades do futebol europeu e as brasileiras. O fim desse confronto climático – ou seu apogeu, a depender do que ocorrer em campo – se dará neste sábado, dia 14, às 18 horas locais, quando as equipes de Andrea Pirlo e Wayne Rooney inaugurarem a competição na Arena Amazônia, tratada como uma loucura de Fitzcarraldo aos olhos estrangeiros. Houve uma primeira pequena vitória quando a Fifa decidiu que partidas nas cidades mais quentes no Centro-Oeste (Cuiabá, máxima de 37 graus), Norte e Nordeste não começariam à 1 da tarde, e, sim, preferencialmente, a partir de 17 horas. A segunda vitória foi a permissão de até duas paradas técnicas desde que as equipes adversárias e o árbitro concordem com as paralisações para hidratação. Em campo, os problemas serão inescapáveis: as seleções devem encarar um calor que pode ultrapassar a marca dos 30 graus, limite recomendado para o funcionamento saudável do metabolismo. Acima disso, a temperatura interna do corpo chega a perigosos 40 graus, o que reduz em até 30% o rendimento do atleta, provoca desidratação e, em casos extremos, choque térmico (veja o quadro ao lado).

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Não será a primeira vez que o calor surge como um grande inimigo em campo. Na Copa de 1994, nos Estados Unidos, as seleções enfrentaram as partidas mais quentes da história dos Mundiais. Na primeira fase, o time da casa enfrentou a Suíça em Pontiac, um distrito da cidade industrial de Detroit, sob mais de 40 graus e com umidade relativa do ar em quase 100%, aceleradores naturais da transpiração excessiva. Depois dos noventa minutos, os jogadores perderam 4 quilos e tiveram de tomar 4 litros de água para se hidratar. A arquitetura espetacular mas quase inexplicável do Silverdome, estádio onde jogaram, agravou a situação: coberto, sem janelas nem ar-condicionado, ele é chamado de “forno de pizzaria”. O calor do torneio de 1994 fazia com que os atletas tomassem 7 litros de água diariamente e técnicos e médicos dos times jogassem barris de água nos jogadores. Em atitude radical, o holandês Ruud Gullit, então com 31 anos, abandonou o Mundial antes do embarque com uma dupla alegação: reclamou da posição em campo, isolado no ataque, o que o faria correr demais, situação impraticável no calor e na umidade dos Estados Unidos. Gullit ainda disparou diatribes contra as emissoras de TV europeias, que impuseram o horário do sol a pino.

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