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Brasil saiu do 1º teste com sinais de ‘Neymardependência’

Assim como no outro amistoso da seleção neste ano, equipe só deslanchou quando o camisa 10 chamou o jogo – o que poderá ser um problema na Copa

“Ele é um atleta que a cada dia tem uma jogada diferente. Improvisa muito bem, é muito rápido, muito ágil”, disse Felipão, que não poupará Neymar no jogo de sexta

Depois de golear o Panamá por 4 a 0 na tarde de terça-feira, em Goiânia, a seleção brasileira retornou à Granja Comary à noite apresentando sintomas muito fortes de uma síndrome que já atingiu muitas grandes seleções na história das Copas do Mundo. Na véspera do jogo, o técnico Luiz Felipe Scolari não quis tratar do assunto, mas os números e as circunstâncias do jogo deixam cada vez mais claro: a pouco mais de uma semana da estreia no torneio, o Brasil parece padecer de uma acentuada “Neymardependência”. Na primeira metade da etapa inicial do amistoso, o Brasil custou a se organizar em campo e demorou a criar alguma jogada de perigo. Quando Neymar fez uma jogada individual, sofreu uma falta na entrada da área, cobrou com maestria e abriu o placar, o jogo ficou fácil (foi seu gol de número 200 na carreira, o 31º vestindo a camisa do Brasil). Já tinha sido assim no outro amistoso da seleção em 2014, contra a África do Sul (em que o camisa 10 marcou três gols) e em boa parte dos jogos da equipe na temporada passada. Apesar da enorme importância do craque para o time, Felipão já avisou que ele não será poupado no jogo de sexta, em São Paulo, contra a Sérvia.

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Com Oscar ainda se recuperando de problemas físicos, Fred em fase pouco inspirada e Hulk num papel de coadjuvante, o setor ofensivo do Brasil parece depender, mais do que nunca, do talento de seu principal craque. No amistoso de terça, além de marcar o primeiro gol, Neymar iniciou a jogada do segundo, deu uma assistência para Hulk fazer o terceiro e abriu a defesa adversária no quarto, colocando Maxwell em condições perfeitas para cruzar para Willian. O craque, que também deu caneta, chapéu (três) e bicicleta (em lance de impedimento, é verdade), achou que não foi o bastante: na saída do gramado, disse que ainda está com apenas 70% de sua condição física e que chegará à Copa ainda melhor. Felipão, como de costume, se derreteu em elogios: “Ele é um atleta que a cada dia tem uma jogada diferente. Improvisa muito bem, é muito rápido, muito ágil.” O técnico sabe, porém, que isso pode se transformar numa armadilha para a seleção: caso um rival seja capaz de anular Neymar, quem será capaz de decidir o jogo para o Brasil. Eis aí um grande problema a ser resolvido na semana derradeira de treinos, que começa na tarde desta quarta-feira, em Teresópolis.

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