Brasil ou Argentina: quem chega mais forte à Copa do Catar?
Potências sul-americanas mantêm longa invencibilidade, bons números na reta final de preparação e pintam como favoritas ao Mundial
As seleções europeias dominam a Copa do Mundo desde 2006 (Itália, Espanha, Alemanha e França foram os últimos campeões), mas o momento atual permite que os sul-americanos voltem a sonhar. Brasil e Argentina, líder e vice-líder das Eliminatórias Sul-americanas, respectivamente, vêm em boa fase e estão entre os favoritos a ficar com o título mundial, a ser disputado no Catar, entre 21 de novembro e 18 de dezembro.
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Enquanto a seleção brasileira venceu a Coreia do Sul por 5 a 1, na manhã desta quinta-feira, 2, em amistoso em Seul, a Argentina foi além: bateu a Itália com facilidade, por 3 a 0, na última quarta-feira, 1º, em Londres, pela Finalíssima, jogo entre os atuais campeões de Copa América e Eurocopa. Os resultados e as atuações levantaram o debate: quem chega mais forte para a Copa do Mundo?
Retrospecto
O Brasil deitou e rolou nas Eliminatórias. Primeiro colocado com 45 pontos (recorde deste formato), o Brasil conquistou 14 vitórias, três empates, 40 gols marcados e apenas cinco gols sofridos. Dona de uma média de 2.3 gols pró e 0.3 contra, a seleção brasileira não sofreu nas qualificações e, segundo o SofaScore, dominou as principais estatísticas: grandes chances criadas, posse de bola e finalizações.
Também invicta no caminho de classificação para a Copa, a Argentina foi a segunda colocada, com 39 pontos, 11 vitórias, seis empates, 27 gols marcados e oito gols sofridos. Um jogo ficou faltando para ambos, justamente o superclássico adiado em São Paulo, em polêmica com a Anvisa. O duelo deve ser remarcado para setembro deste ano.
O grande empurrão da seleção bicampeã do mundo veio em solo brasileiro: o título da Copa América de 2021, com vitória por 1 a 0 sobre o Brasil no Maracanã esvaziado pela pandemia, quebrando um jejum de 28 anos. Foi ali que a “Scaloneta”, como foi apelidado o time do técnico Lionel Scaloni, começou a arrancar de vez.
Vivendo dias de glória, a seleção argentina não perde há 32 jogos, marca que pode completar três anos nos próximos meses. A última derrota foi na semifinal da Copa América de 2019, quando foi derrotado justamente pelo Brasil, por 2 a 0, no Mineirão.
O Brasil tem marca invicta menor: 12 jogos. Coincidentemente, a última derrota também foi para o rival, na final da Copa América de 2021. Como ponto negativo para o retrospecto, as duas últimas derrotas do time de Tite foram contra a seleção argentina. No último duelo, em Rosário, pelas Eliminatórias, empate em 0 a 0, sem Neymar, e em jogo marcado por cotovelada de Otamendi em Raphinha ignorado pelo VAR.
Neymar x Messi
Companheiros de PSG, os camisas 10 de Brasil e Argentina protagonizam um duelo à parte. Entre os melhores jogadores do mundo nos últimos anos, Neymar e Messi têm bons números no ciclo para a Copa do Mundo, apesar de viverem fase de contestação na equipe francesa.
Ausente em mais ocasiões em razão de problemas físicos, Neymar fez 26 jogos com a amarelinha após a Copa do Mundo de 2018. Protagonista no ciclo, marcou 13 gols e 18 assistências, uma média que extrapola uma participação direta por partida (1.2 por jogo).
Também “dono dos holofotes”, Lionel Messi é quem mais participou de gols na seleção argentina após a Copa da Rússia. O sete vezes melhor do mundo fez 14 gols e 11 assistências em 33 jogos, garantindo também boa média nos tentos argentinos.
Além de “NeyMessi”
Grande parte do plantel de Brasil e Argentina atuam nas grandes ligas europeias. Assim, em alto nível, os times contam com nomes relevantes para além de Neymar e Messi. Do lado argentino, um dos jogadores que chega em melhor fase é Rodrigo De Paul. O meio-campista do Atlético de Madri, no Campeonato Espanhol, realizou 54 desarmes e foi vice-líder do clube em passes para finalização, com 50.
Peças também badaladas, Lautaro Martínez e Di María são esperanças ofensivas para Scaloni. O atacante da Inter de Milão terminou o Campeonato Italiano com 21 gols e é o homem mais avançado. Enquanto isso, o meia, no último Campeonato Francês, teve média de 138 minutos para participar diretamente. Ele deixou o PSG e está no mercado.
Pela seleção brasileira, o principal astro além de Neymar é Vinicius Júnior, destaque da temporada em nível mundial e autor do gol que garantiu o título da Liga dos Campeões para o Real Madrid. Primeiro volante do vencedor da Champions, Casemiro é o ponto de equilíbrio do time de Tite. Titular debaixo das traves, o goleiro Alisson chega à seleção após um Campeonato Inglês de 20 jogos sem ser vazado.