O presidente da República declarou que deve ir ao jogo da seleção brasileira contra o Catar, em Brasília, e consolar o atacante, acusado de estupro
O presidente Jair Bolsonaro declarou apoio a Neymar nesta quarta-feira, 5. O atacante da seleção brasileira é acusado de estupro por uma mulher, em crime que teria acontecido em Paris, na França, no dia 15 de maio. O presidente contou também que pretende ir ao estádio Mané Garrincha, em Brasília, para acompanhar o amistoso entre Brasil e Catar, nesta quarta, às 21h30 (de Brasília) para abraçar jogador do Paris Saint-Germain.
“Hoje devo estar no jogo do Brasil, espero dar um abraço no Neymar antes do jogo. Está em num momento difícil, mas acredito nele. Neymar, hoje à noite estamos juntos”, declarou o presidente em Aragarças (GO), a 380 quilômetros de Goiânia, durante o lançamento do projeto Juntos pelo Araguaia, em comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente.
Uma mulher registrou na última sexta-feira um boletim de ocorrência acusando Neymar de estupro. O jogador publicou um vídeo no Instagram negando. “O que aconteceu foi uma relação entre um homem e uma mulher, algo que acontece entre quatro paredes, algo que acontece com todo casal”, disse Neymar, em um dos trechos da publicação, que provocou a abertura de investigação contra ele por causa da divulgação de fotos íntimas da mulher que o acusa.
Policiais da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) foram ao CT da seleção brasileira, em Teresópolis (RJ), na segunda-feira 3, e intimaram Neymar a depor na próxima sexta. O jogador é investigado por supostos crimes virtuais cometidos no último domingo, quando ele publicou o vídeo. Desde o ano passado, a divulgação de imagens íntimas sem consentimento das partes é crime passível de prisão. O vídeo foi retirado do ar pelo Instagram “por violar os padrões” da sua comunidade.
Em abril, Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar, foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para “prestar esclarecimentos” sobre processo contra o jogador que será julgado pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). De acordo com o Ministério da Economia, o pai do jogador foi recebido inicialmente por Bolsonaro para falar sobre o processo e foi encaminhado a Guedes e ao secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, por se tratar de um tema ‘de natureza técnica’.
Em 2015, a Receita multou o jogador em 188 milhões de reais em processo que investigava sonegação fiscal. No mesmo ano, a Justiça chegou a bloquear, a pedido do Fisco, bens do jogador nesse montante.
(Com Estadão Conteúdo)