Treinador afirmou que ex-presidente da CBV cogitou ir à Justiça caso o levantador continuasse a se manifestar sobre as denúncias de corrupção na confederação
O técnico da seleção brasileira masculina de vôlei, Bernardinho, afirmou que o ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, ameaçou processar seu filho Bruno Rezende, o capitão da equipe. Segundo Bernardinho, o atual mandatário da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) enviou um e-mail para Bruninho avisando que iria à Justiça caso o levantador continuasse a se manifestar sobre as denúncias de corrupção envolvendo a CBV em sua gestão.
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O Bruno não me falou, mas depois eu vim a saber. O doutor Ary mandou um e-mail a ele meio que ameaçando, dizendo que ia processar se ele fizesse alguma coisa. E o Bruno simplesmente disse que a Justiça está aberta a qualquer pessoa que quiser fazer uso dela. Uma coisa que, particularmente, me chateou ainda mais”, revelou Bernardinho ao jornal O Globo.
Bernardinho afirmou que não pretende falar mais sobre a crise que atingiu o vôlei brasileiro, mas deixou claro que não teria medo de confrontar Ary Graça; “A briga dele não é conosco, provavelmente seja até com a consciência dele. Eu não quero brigar com ninguém, mas não vou fugir de briga nenhuma se tiver que brigar”.
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Em dezembro, a FIVB puniu Bruninho, Bernardinho, Mário Junior e Murilo por conta do não cumprimento de algumas normas em relação às entrevistas coletivas durante o Mundial da Polônia, realizado em setembro de 2014. A CBV considerou as punições como uma represália às denúncias de corrupção na gestão de Ary Graça e respondeu ao anunciar a desistência do Brasil de sediar as finais da Liga Mundial, em julho, no Rio de Janeiro. A confusão envolvendo Ary Graça e a CBV teve início em janeiro de 2014 e se arrasta até hoje.
(Com Gazeta Press)