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Automobilismo: equipe feminina sonha em fazer história nas 24h de Le Mans

Formado exclusivamente por mulheres, time Richard Mille disputa a categoria LMP2 da tradicional corrida na França

Publicado por: Da Redação em 19/09/2020 às 08:00 - Atualizado em 23/09/2021 às 21:08
Automobilismo: equipe feminina sonha em fazer história nas 24h de Le Mans
Equipe feminina da Richard Mille, uma das atrações de Le Mans

Começa neste sábado, 19, um dos mais tradicionais eventos esportivos do mundo, as 24 Horas de Le Mans, na França. Realizada desde 1923, a principal prova do Campeonato Mundial de Endurance da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) terá algumas novidades. A primeira, triste: será a primeira edição sem a presença de público no Circuito de La Sarthe, cumprindo os protocolos de segurança e prevenção à pandemia de coronavírus. A outra, positiva: a presença de duas equipes formadas apenas por mulheres, o que não ocorria desde 1977.

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O destaque fica por conta da equipe Richard Mille Racing Team, da categoria LMP2, de protótipos, formada pela colombiana Tatiana Calderón, pela holandesa Beitske Visser, pela alemã Sophia Flörsch e liderada pela britânica Katherine Legge.  O time é resultado do sonho de dois fãs de corridas, Richard Mille, dono da relojoaria de luxo suíça homônima, e sua filha, Amanda Mille. A marca patrocina estrelas como Fernando Alonso e Rafael Nadal e também as próprias 24 Horas de Le Mans e equipes de Fórmula 1 Fórmula E.

Desde 2018, Richard, hoje com 69 anos, é presidente da Comissão de Enduro da FIA. “Nosso objetivo comum era levar mulheres ao pódio em Le Mans”, afirmou ao jornal Financial Times, a ex-piloto Michèle Mouton, presidente da Comissão de Esportes Motorizados Femininos, que vem apoiando a causa da equipe Richard Mille. Os objetivos, portanto, são altos, mas Amanda Mille, uma das donas do time, nega fazer parte de uma cruzada feminista. “Não é um combate feminista ou uma guerra”, diz admitindo, porém, o incômodo com comentários de homens como “faça as unhas antes de pular no carro” ou “você nem sabe como funciona um motor”.

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Os resultados, de fato, justificam otimismo. A equipe disputa também a European Le Mans Series (ELMS) e, após as três primeiras corridas, ocupa o sexto lugar na série. O time perdeu sua capitã Katherine Legge, que quebrou a perna em um grave acidente em um teste em julho e foi substituída por Beitske Visser. “Eu corro há muito tempo, mas nunca houve uma oportunidade em um carro que pudesse vencer neste nível.  Não somos o time ‘feminino’ para eles. Somos uma equipe que busca pódios e vitórias. Estamos sendo levados a sério e isso é um grande passo na direção certa”, afirmou Legge.

A estrela do time passa a ser a colombiana Tatiana Calderón, piloto de Fórmula 2 e que já realizou testes na Fórmula 1 pela equipe Alfa Romeo. “Meu sonho sempre foi me tornar piloto de Fórmula 1 em tempo integral e agora que realizei testes, sinto que somos capazes de estar no mais alto nível”, diz a sul-americana, ao Financial Times. Além da Richard Mille na categoria LMP2, há ainda outra equipe feminina na GTE AM (categoria de Gran Turismo Endurance, disputada por amadores e apenas um piloto profissional por time): a Iron Lynx, que terá a italiana Manuela Gostner, a dinamarquesa Michelle Gatting e a suíça Rahel Frey a bordo de um Ferrari 488 GTR.

Tatiana Calderon, piloto da equipe Richard Mille – Richard Mille/Divulgação
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