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Atlético de Madri segura pressão do Bayern e chega à final da Liga dos Campeões

Derrota por 2 a 1 em Munique foi suficiente para a equipe espanhola, que chega a sua segunda decisão em três anos e ainda busca seu primeiro título

O Atlético de Madri conseguiu mais uma incrível proeza nesta terça-feira. A equipe espanhola, que havia vencido o jogo de ida por 1 a 0, suportou uma enorme pressão do Bayern de Munique e deixou a Allianz Arena classificada para a final da Liga dos Campeões com uma derrota por 2 a 1, em um jogo tenso, com duas penalidades desperdiçadas e decisões controversas da arbitragem. No duelo entre duas filosofias de jogo distintas, o time aguerrido e defensivo de Diego Simeone conseguiu despachar o envolvente Bayern de Pep Guardiola.

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O Bayern de Munique saiu na frente com um gol de falta de Xabi Alonso, mas o francês Antoine Griezmann empatou no início da segunda etapa. Os alemães ainda marcaram com Robert Lewandoski, mas o Atlético conseguiu se fechar na defesa e garantir a dramática classificação. A eliminação representa uma grande decepção para o técnico Pep Guardiola, que deixará o Bayern ao final da temporada sem ter conseguido conquistar a Liga dos Campeões. Caiu nas semifinais nas três oportunidades que teve, contra Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madri.

Esta será a segunda final do Atlético em três anos – em 2014, a equipe perdeu a decisão para o Real Madrid em uma partida dramática decidida na prorrogação, em Lisboa. O clássico da capital espanhola pode se repetir em 2016: nesta quarta-feira, o Real Madrid precisa de uma vitória simples diante do Manchester City para chegar a mais uma decisão, marcada para 28 de maio, no Estádio San Siro, em Milão. O jogo de ida, na Inglaterra, foi 0 a 0. Finalista também em 1974, quando perdeu para o próprio Bayern, o Atlético de Madri busca seu primeito título da competição quem sabe com uma dupla vingança contra alemães e vizinhos.

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O jogo – O Atlético provou mais uma vez que é capaz de competir com os gigantes do continente, mesmo com um orçamento bem mais modesto. Depois de eliminar o atual campeão Barcelona nas quartas de final, a equipe da capital espanhola novamente conseguiu impor seu estilo de jogo aguerrido e baseado em forte marcação e despachar o poderoso Bayern de Munique.

Como previsto, o Bayern de Munique teve o controle absoluto da bola desde o início da partida. O goleiro Jan Oblak, do Atlético, começou a se destacar aos 16, ao defender chute do chileno Arturo Vidal. Três minutos depois, o polonês Robert Lewandowski recebeu de frente para o goleiro esloveno, que fez bela defesa com o pé.

Aos 30 minutos, porém, Oblak não teve o que fazer: Xabi Alonso bateu falta da entrada da área, a bola desviou na barreira e traiu o goleiro do Atlético. O gol empolgou o Bayern, que teve uma chance de ouro de ampliar quatro minutos depois: o uruguaio José Giménez agarrou o espanhol Javi Martínez na área e o árbitro turco Cüneyt Cakir marcou pênalti. No entanto, Oblak defendeu a cobrança de Thomas Müller e esfriou os ânimos dos pentacampeões.

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O desenho do jogo se manteve, a não ser por um detalhe crucial: o conhecido contra-ataque do Atlético finalmente funcionou aos oito minutos: o espanhol Fernando Torres roubou uma bola no meio e lançou para o francês Antoine Griezmann, que partiu sozinho desde a intermediária e bateu no canto esquerdo de Manuel Neuer para balançar a rede. O Bayern reclamou de impedimento no lance, que foi bastante duvidoso.

O Bayern demorou a reagir, mas chegou ao segundo gol aos 29 minutos, quando David Alaba cruzou da esquerda, Vidal ganhou do brasileiro Filipe Luis pelo alto e cabeceou para Lewandowski completar de cabeça. O Atlético teve a chance de fechar o confronto aos 37 minutos, quando Fernando Torres foi derrubado por Martínez. A falta foi fora da área, mas o juiz turco assinalou pênalti. O próprio Torres, porém, chutou nas mãos de Neuer e manteve o jogo aberto.

O clima esquentou e Diego Simeone estava mais pilhado do que nunca. Primeiro, bateu boca com o banco adversário. Depois, deu um tapa no ombro do quarto árbitro quando uma substituição não foi autorizada. O Bayern seguiu pressionando e quase chegou ao gol da classificação aos 24 minutos, quando o austríaco Alaba bateu, a bola desviou na zaga e Oblak defendeu no reflexo. Graças ao gol marcado fora de casa, o Atlético conseguiu chegar a mais uma decisão.

Ao apito final, os jogadores do Atlético celebraram a classificação, enquanto Guardiola, que já estava muito pressionado pela imprensa e torcida alemã, cumprimentou Simeone e deixou o campo isolado. A partir da próxima temporada, o espanhol será treinador do Manchester City, que segue vivo na Liga dos Campeões.

(da redação)

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