Reconstruída para a Copa do Mundo por quase 700 milhões de reais, a Arena Fonte Nova corre o risco de se tornar o mais novo elefante branco do futebol nacional. O Bahia, único clube que usava o maior estádio de Salvador, anunciou na noite desta segunda-feira que não vai renovar contrato com o consórcio responsável pela arena e voltará a mandar jogos no Estádio de Pituaçu a partir do dia 7 de abril. A Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), administradora do estádio, disse ter sido “surpreendida” pela direção do Bahia.
Por meio de nota, o clube afirmou que durante quase quatro meses tentou negociar uma renovação, “entende as dificuldades do consórcio” e respeita a postura da administradora, mas que “tem a obrigação de defender os interesses” do clube e dos torcedores.
Em fevereiro, o Bahia teve de jogar no Estádio de Pituaçu porque a Fonte Nova estava alugada para uma formatura. O contrato com o consórcio formado por OAS/Odebrecht e governo do Estado, porém, proíbe que o governo ceda Pituaçu em data em que a Fonte Nova esteja disponível, obrigando o Bahia a jogar no estádio maior mesmo em partidas com menor expectativa de público.
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A diretoria do Bahia avisou que a partir do dia 7 de abril, quando encerra o contrato com o consórcio, vai voltar a mandar seus jogos no Pituaçu, reformado pelo governo do Estado para ser usado durante as obras da Fonte Nova. Outras arenas construídas para a Copa do Mundo, como o Mané Garrincha (Brasília), a Arena Pantanal (Cuiabá) e a Arena Amazônia (Manaus), também são bem pouco usadas.