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Após pedir dispensa da seleção alemã, Özil ouve aplausos e xingamentos

Presidente do Bayern de Munique criticou jogador, enquanto turcos o apoiaram

O meia Mesut Özil anunciou neste domingo sua aposentadoria da seleção alemã de futebol por questões políticas. Em seu Twitter, disse que há um perseguição pelo fato de ter origem turca e por ter posado para foto (junto com Ilkay Gündogan – outro alemão de origem turca) ao lado do presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan, em maio deste ano. “Não continuarei jogando para a seleção alemã enquanto houver esse sentimento de racismo e desrespeito. Como muita gente, minhas raízes vão além de um país. Cresci na Alemanha, mas minha história familiar tem suas raízes solidamente arraigadas na Turquia. Tenho dois corações, um alemão e outro turco”, escreveu o jogador. Por sua decisão, foi elogiado por turcos e criticado pelo presidente do Bayern de Munique, o ex-jogador Uli Hoeness.

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Vários ministros turcos celebraram a decisão do jogador. “Felicito Mesut Özil. Ao deixar a seleção nacional alemã, marcou seu melhor gol contra o vírus do fascismo”, tuitou o ministro turco da Justiça, Abdülhamit Gül. Já o ministro dos Esportes, Mehmet Kasapoglu, afirmou no Twitter que apoia “totalmente a posição honrada do nosso irmão Mesut Özil”.

De acordo com uma porta-voz do governo alemão, a chanceler Angela Merkel respeita a decisão do jogador. “Como sabem, a chanceler tem muito apreço por Mesut Özil, que é um jogador de futebol que fez muito pela seleção nacional. Mesut Özil tomou agora uma decisão que tem de ser respeitada”, disse Ulrike Demmer, porta-voz de Merkel.

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O presidente do Bayern de Munique, Uli Hoeness, criticou o jogador, que atualmente joga no Arsenal. “Estou feliz por isso ter acabado. Ele não joga m*** nenhuma há anos, não ganha uma dividida desde antes da Copa de 2014. Agora ele e sua performance de m*** estão escondidas atrás dessa foto”, disse ao jornal alemão Sport Bild.

Hoeness usou como exemplo a vitória de 5 a 1 do Bayern de Munique sobre o Arsenal na temporada passada da Liga dos Campeões para justificar seu argumento. “Na partida com o Arsenal, jogamos em cima dele porque sabíamos que era o ponto fraco do time. O desenvolvimento do nosso país é uma catástrofe. Você precisa voltar para o que isso é: esporte. Do ponto de vista esportivo, Özil não tem espaço na seleção há anos”

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