Após cirurgia, Maradona apresenta confusão mental e permanecerá internado
Quadro é relacionado a uma crise de abstinência por seu médico pessoal; ídolo argentino tem longo histórico de dependência química
Submetido a uma cirurgia de emergência na última terça-feira, 3, o quadro clínico de Diego Armando Maradona ainda preocupa o seu médico pessoal, Leopoldo Luque. De acordo com o Diário Olé, Luque externou que Maradona apresentou episódios de confusão mental e que a internação na clínica em Olivos, em Buenos Aires, deve ser prolongada por mais dias.
“Vimos que no pós-operatório Diego teve episódios de confusão. Juntamente com os médicos da terapia, associamos isso a um quadro de abstinência. Em acordo com os médicos responsáveis acreditamos que seja necessário fazer um tratamento para a abstinência, é o melhor para ele”, disse Luque.
Sobre sua recuperação, Luque afirmou que ele e Maradona chegaram a dançar no quarto e que o ex-jogador, inclusive, já falava em deixar a clínica, possibilidade abortada após os episódios mais recentes. “Queria dizer que o Diego está muito bem. A tomografia está indo bem. Estávamos até dançando. Dançamos, sim”, comentou. “Isso [de permanecer na clínica] vai durar alguns dias. Acreditamos que seja melhor para o Diego”, explicou o médico.
Maradona tem longo histórico de dependência química. Em 2017, contou em entrevista à emissora italiana Mediaset que consumiu drogas pela primeira vez com 24 anos, enquanto atleta do Barcelona, e que estava “limpo” do uso de substâncias há 13 anos.
O ídolo argentino foi internado na última semana em um centro clínico Ipensa, em La Plata, cidade onde é técnico do Gimnasia y Esgrima, mas acabou transferido para Buenos Aires para passar por procedimento de emergência para drenar um hematoma no lado esquerdo da cabeça. A cirurgia foi bem-sucedida.
O problema foi detectado após realização de uma tomografia e pode ter sido ocasionada por uma queda sofrida do banco do Gimnasia, durante um treinamento, ou praticando boxe, uma das atividades que adotou recentemente. Mais recentemente, Luque também associou o traumatismo ao uso prolongado de bebidas alcoólicas.