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Após acidente, Fifa prepara plano B para abertura da Copa

Se prazo não puder ser cumprido em SP, jogo pode ir para BH ou RJ, diz jornal

Caso esse cenário acabe se confirmando, São Paulo, a cidade mais populosa do país, ficaria apenas com quatro dos 64 jogos da tabela da Copa do Mundo de 2014

A Fifa aguarda a conclusão da perícia no local do acidente do Itaquerão para definir se o estádio será mesmo o palco de abertura da Copa do Mundo de 2014. Dependendo do laudo e das considerações técnicas, legais e financeiras por parte dos organizadores, a entidade pode acionar um plano B. Fontes ligadas à organização da Copa confirmaram ao jornal O Estado de S. Paulo que a Fifa não quer mais correr riscos e, se a constatação for de que os danos são graves, impedindo a implantação das arquibancadas móveis que aumentariam a capacidade do estádio, a entidade pode levar a abertura para uma das arenas já prontas e que foram usadas na Copa das Confederações. Rio de Janeiro e Brasília seriam as primeiras opções, com Belo Horizonte também podendo entrar na briga. São Paulo ficaria apenas com jogos menores e sem a presença do Brasil.

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Apesar das afirmações do governador Geraldo Alckmin e do presidente do Comitê Organizador Local, José Maria Marin, garantindo a abertura em São Paulo, a Fifa deixou claro na quinta que ainda deve aguardar antes de confirmar o jogo no estádio do Corinthians. A decisão será tomada na semana que vem, depois que o informe detalhado sobre os estragos causados pelo acidente que matou duas pessoas em Itaquera seja concluído. Outro motivo de apreensão é uma eventual ordem de suspensão das obras pelo Ministério Público. “Ainda é prematuro fazer qualquer avaliação detalhada sobre a situação da Arena Corinthians, já que ainda estamos esperando um informe técnico para sermos capazes de avaliar a escala dos estragos”, indicou a entidade em um comunicado. Questionada se a Fifa garantia São Paulo na abertura, a assessoria de imprensa apenas informou: “Falaremos na semana que vem”.

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Apesar de já vender entradas para os jogos e de já ter uma tabela publicada, a Fifa admite que mudanças podem ocorrer. Fontes ligadas aos organizadores relatam que a mudança, em termos operacionais, não seria impossível nem afetaria o gramado dos demais estádios. A abertura ocorre no dia 12 de junho, mas tanto o Maracanã quanto o estádio de Brasília só entram na Copa no dia 15, o que daria tempo suficiente para permitir que um desses dois estádios também recebesse a abertura. Quanto à semifinal marcada para São Paulo, tanto Brasília quanto o Rio de Janeiro poderiam acolher o jogo sem que isso represente um desgaste extra para o gramado. Caso esse cenário acabe se confirmando, São Paulo, a cidade mais populosa do país ficaria apenas com quatro dos 64 jogos da Copa. Seriam três da primeira fase e um das oitavas de final, partidas que exigiriam uma capacidade bem mais reduzida que um jogo de abertura ou semifinal.

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O grande foco de preocupação da Fifa não é com a conclusão do Itaquerão a tempo, e sim com o trabalho de instalação das arquibancadas móveis. Sem elas, o estádio de São Paulo não cumpre o critério da entidade para garantir a abertura e a semifinal – as arenas que recebem esses jogos precisam ter pelo menos 62.000 lugares. Se o dano constatado for significativo ou se os atrasos sejam maiores do que o esperado, uma opção seria a de abandonar as arquibancadas móveis. Quanto aos ingressos já vendidos, fontes dos organizadores do Mundial estimam que a operação também não seria das mais complicadas caso haja mudanças. Quem obteve o ingresso poderia usá-lo no outro estádio ou ser ressarcido se optar por não viajar. Nos bastidores, fontes da organização confirmam que o impacto da perda de São Paulo na abertura da Copa seria profundo e existe uma forte pressão para que a cidade não seja excluída das grandes partidas. O destino do estádio e sua utilização no Mundial deverá ser selado na semana que vem, quando o Comitê Organizador da Fifa se reúne na Costa do Sauipe, na Bahia, para o sorteio dos grupos da Copa.

(Com Estadão Conteúdo)

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