Maior artilheiro da história da Inglaterra, atacante do Everton seria novamente convocado, mas recusou o convite. “Acredito que é hora de me despedir”
O atacante Wayne Rooney anunciou nesta quarta-feira que não voltará a vestir a camisa da seleção inglesa. Maior artilheiro da história da equipe nacional, o jogador de 31 anos anunciou sua aposentadoria internacional por meio de um comunicado e disse ter vivido “um sonho” em seus 14 anos de seleção. Ele agora se dedicará exclusivamente a seu clube, o Everton.
Rooney tomou a decisão após receber uma ligação do técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, que pretendia convoca-lo para os jogos contra Eslovênia e Lituânia, pelas Eliminatórias da Copa. “Sempre que eu fui convocado foi um verdadeiro privilégio, mas acredito que agora é hora de me despedir.”
Rooney deixa, portanto, o “English Team” como seu maior goleador: fez 53 gols em 119 jogos, superando o recorde anterior, de Bobby Charlton. O craque das décadas de 60 e 70 também foi superado por Rooney na artilharia histórica do Manchester United: Charlton fez 249 e Rooney 253.
Rooney estreou pela seleção em fevereiro de 2003, em uma derrota para a Austrália. Se destacou na Eurocopa do ano seguinte e disputou as Copas do Mundo de 2006, 2010 e 2014, sem grande sucesso – marcou um único gol em Mundiais, na derrota para o Uruguai por 2 a 1, no Itaquerão, no Mundial do Brasil.
“Um dos meus poucos arrependimentos é não ter feito parte de um sucesso da Inglaterra em torneios”, disse Rooney em trecho de seu comunicado.
“Foi demais quando Gareth Southgate me ligou nesta semana para dizer que ele me queria de volta à seleção inglesa para os próximos jogos. Eu realmente gostei disso.
Porém, após ter um longo e difícil pensamento, eu disse para Gareth que eu tome a decisão de me aposentar do futebol de seleções.
Foi uma decisão realmente difícil e algo que eu discuti com minha família, meu treinador no Everton, e com aqueles próximos a mim.
Jogar pela Inglaterra sempre foi especial para mim. Sempre que eu fui selecionado como jogador ou capitão foi um verdadeiro privilégio, e eu agradeço a todos que me ajudaram. Mas acredito que agora é hora de me despedir.
Deixar o Manchester United foi uma decisão difícil, mas eu sei que fiz a coisa certa em voltar para casa, no Everton. Agora quero focar todas as minhas energias para ajudá-los a terem sucesso.
Eu sempre serei um torcedor apaixonado da Inglaterra. Um dos meus poucos arrependimentos é não ter feito parte de um sucesso da Inglaterra em torneios. Espero que os jogadores que Gareth está trazendo possam levar esta ambição adiante e espero que todos lutem pelo time.
Um dia o sonho irá se tornar realidade e eu estarei lá como um torcedor – ou em qualquer outro posto.”