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Análise: River de Gallardo é o pior adversário possível para o Flamengo

Finalistas da Libertadores em três das últimas cinco edições, os argentinos representam o melhor time da América do Sul na última década

“É tão incrível que não consigo entender como ele não disputa os troféus de melhor do mundo.” O técnico espanhol Pep Guardiola, maestro do melhor Barcelona de todos os tempos, não costuma se impressionar com qualquer coisa. Para receber um elogio desses, o argentino Marcelo Gallardo realmente deve ter conseguido montar uma equipe fora de série. Finalista de três das últimas cinco edições da Copa Libertadores, o River Plate é o pior adversário possível para o Flamengo na decisão deste sábado. 

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O técnico Gallardo (o segundo da esquerda para a direita) já levantou duas taças da Libertadores desde 2014, quando assumiu o comando do River – 09/12/2018 Sergio Perez/Reuters

A supremacia do River no continente coincide com a chegada do ex-meia de 43 anos no comando técnico. O “Muñeco” (Bonequinho, na tradução do castelhano), como é conhecido desde os tempos de jogador, foi contratado em 2014. Apenas três anos antes, o time de Buenos Aires havia passado por uma das maiores derrotas da sua história: o rebaixamento para a segunda divisão nacional. Gallardo foi atleta do River e chegou com a missão de reerguer o moral do clube.

Apostando no jogo coletivo, o treinador tornou-se um bicho papão em competições mata-mata. Sob seu comando, o River chegou a 15 finais, das quais ganhou dez e perdeu apenas três – além da decisão da Libertadores deste ano, o River ainda disputa a final da Copa da Argentina. De lá para cá, Gallardo colocou na sala de troféus do clube duas Libertadores da América (2015 e 2018), três Recopas Sul-Americanas (2015, 2016 e 2019), uma Copa Suruga (2015), duas Copas Argentinas (2016 e 2017) e uma Supercopa Argentina (2018).

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Para construir essa hegemonia, o “Muñeco” teve que se reinventar. Vendeu vários jogadores e utilizou as categorias de base e contratações baratas para reformular o time. O goleiro Marcelo Barovero, o zagueiro Funes Mori, o meia Carlos Sánchez (hoje no Santos) e o atacante Lucas Alario, destaques na conquista da primeira Libertadores há cinco anos, não fazem mais parte do elenco.

A grande virtude do River no período é o poder coletivo. Os times montados por Gallardo sempre foram muito fortes, mesmo sem contar com grandes destaques individuais. A versão 2019 tem na dupla de volantes Enzo Pérez e Exequiel Palacios os grandes pilares da equipe. Os meias Nacho Fernández e Nicolás De La Cruz são os craques. O atacante Lucas Pratto e o meia colombiano Juan Quintero, destaques da histórica final contra o Boca na Libertadores do ano passado, devem começar o jogo entre os reservas.

Para confirmar a fama de sensação do continente em 2019 e conquistar a segunda Libertadores na história, o Flamengo terá que superar uma equipe acostumada às decisões. Definitivamente, não será fácil.

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