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Agora atrás de Ralf, futebol chinês desmonta o Corinthians

Campeão brasileiro já vendeu Jadson para equipe da China e também está perto de perder Renato Augusto. O único a negar proposta foi Pato – justamente quem o clube quer vender

O sexto título nacional conquistado de forma arrasadora pelo Corinthians deveria credenciar o time a repetir um ano de glórias em 2016. No entanto, a realidade econômica do futebol brasileiro deve, ao contrário, enfraquecer demais a equipe dirigida por Tite. Assim como ocorreu com o Cruzeiro um ano antes, a conquista do Brasileirão deve provocar um desmanche no campeão e novamente graças a mercados emergentes. O vilão da vez é o futebol chinês, que já tirou Jadson oficialmente e deve levar também Renato Augusto e Ralf – e talvez Elias, o que deceparia por completo o meio-campo titular, justamente o setor mais elogiado na campanha do hexa.

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Jadson, de 32 anos, foi o primeiro a sair. Ele assinou com o Tiajin Quanjian, equipe da segunda divisão chinesa que será treinada por Vanderlei Luxemburgo e que terá ainda o ex-são-paulino Luis Fabiano. O salário milionário e as poucas perspectivas de crescimento no futebol nacional tornaram a decisão de Jadson mais fácil e compreensível para os torcedores. Em seguida, o Hebei China Fortune tentou tirar Elias, volante de 30 anos, titular da seleção brasileira. A negociação parece estar estagnada, mas ainda tem chances de acontecer.

A movimentação do futebol brasileiro em 2016

Nesta semana, porém, o torcedor corintiano foi surpreendido com a notícia de que Renato Augusto, eleito o melhor jogador do Brasileirão, deve reforçar o Beijing Guoan. O meia de 27 anos tinha propostas de clubes alemães, mas foi seduzido pelo salário de cerca de 2 milhões de reais da equipe da China. A escolha de Renato surpreendeu mais pelo fato de o meia ter retornado à seleção brasileira e ainda ter mercado na Europa.

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Na manhã desta quarta-feira, o site TransferMarkt China, afirmou, por meio de postagem no Twitter, que o presidente do Beijing Guoan, Luo Ning, concedeu entrevista coletiva e confirmou não só a contratação de Renato Augusto, mas também do volante Ralf, que recentemente renovou seu contrato com o Corinthians até o fim de 2017. O jogador está no Parque São Jorge desde 2010 e foi campeão brasileiro em 2011 e 2015, da Libertadores e do Mundial de Clubes em 2012, do Paulistão em 2013 e da Recopa Sul-Americana no mesmo ano. É um dos ídolos da torcida e foi importante na conquista do hexa.

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Apesar das vendas, no entanto, o Corinthians não deve resolver todos os seus problemas financeiros, até por não possuir 100% dos direitos dos atletas e por ainda ter uma enorme dívida a pagar devido a construção do estádio em Itaquera. Curiosamente – e contrariando a lógica de que o atleta tem o livre arbítrio para decidir onde quer jogar – o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, se revoltou com o fato de Alexandre Pato ter recusado uma proposta milionária da China.

“O problema é que o Pato não pode enrolar um ano para sair de graça. Se vier proposta, ele tem que aceitar. Ele se apresenta e joga. O que não pode é ter uma proposta boa para o clube e ele recusar”, reclamou Andrés, em entrevista à Rádio Globo. O atacante se tornou a grande dor de cabeça do Corinthians neste início de temporada. Como ainda não encontrou propostas satisfatórias para ambas as partes, Pato deve se reapresentar ao Corinthians nesta quarta-feira.

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Comprado em 2013 por cerca de 40 milhões de reais, Pato não se identificou com a equipe e acabou repassado ao São Paulo, envolvido em troca com o meia Jadson. Neste período, o Corinthians dividiu com o rival o pagamento dos 800.000 reais mensais de salário do atleta. Agora, faz de tudo para negociar o atacante, que diz só aceitar propostas da Europa. O Tianjian Quanjian, mesmo clube de Jadson, Luxemburgo e Luis Fabiano ofereceu uma fortuna pelo ex-jogador do Milan, que não aceitou.

Alexandre Pato, durante jogo entre Corinthians e Grêmio no estádio Pacaembu em São Paulo nesta quarta (31)
Alexandre Pato, durante jogo entre Corinthians e Grêmio no estádio Pacaembu em São Paulo nesta quarta (31) VEJA
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