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Advogado suspeito de corrupção na Fifa se mata na Argentina

Jorge Delhon, de 52 anos, tinha ligação com o governo de Cristina Kirchner e usava a influência para negociar direitos de transmissão de jogos

O advogado argentino Jorge Delhon, de 52 anos, acusado de envolvimento no esquema de corrupção no escândalo da Fifa, se matou na terça-feira. Ele se jogou sob um trem em movimento, em Lanús, em Buenos Aires.

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O fato aconteceu depois que Alejandro Burzaco, ex-diretor executivo da empresa argentina de marketing Torneos y Competencias, que admitiu ter subornado a Fifa para obter direitos de transmissão de futebol, declarou na terça, nos Estados Unidos, que entre os anos de 2011 e 2014 pagou propinas milionárias a Delhon e Alejandro Paladino, segundo divulgaram os meios de comunicação da Argentina.

Paladino foi coordenador do programa Fútbol para Todos, recentemente cancelado, em que as partidas eram transmitidas desde 2009, durante o governo de Cristina Kirchner, através de canais de televisão aberta. Por sua parte, Delhon era um advogado ligado ao governo Kirchner.

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“Nós pagamos propinas de 4 milhões de dólares a esses dois senhores”, disse Burzaco, segundo o jornal argentino La Nación, quando a Justiça americana lhe perguntou pelo papel dos dois ex-funcionários do Fútbol para Todos.

As fontes da segunda delegacia de Lanús confirmaram à Efe o “suicídio” de Delhon, depois que soldados o encontraram ontem nas ferrovias.

O escândalo de corrupção foi revelado no fim de maio de 2015, às vésperas do congresso no qual o suíço Joseph Blatter seria reeleito presidente, quando a polícia, numa operação conjunta entre os EUA e Suíça, entrou no hotel de Zurique onde estava a maioria dos dirigentes e realizou várias prisões.

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A Torneos y Competencias, dedicada a transmitir eventos esportivos, admitiu ter subornado a Fifa para obter os direitos das Copas do Mundo de 2018, 2022, 2026 e 2030.

Em dezembro do ano passado, a empresa negociou um acordo com as autoridades americanas para pagar quase 113 milhões de dólares de multa para fechar o caso.

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