Publicidade
Publicidade

Acordo encerra ação contra a torcedora que xingou Aranha

Patrícia Moreira e mais três gremistas tiveram seus processos por injúria racial suspensos. Eles terão de se apresentar na delegacia nos dias de jogos do time

A torcedora gremista Patrícia Moreira, flagrada xingando o goleiro Aranha de “macaco” na partida entre Grêmio e Santos, em 28 de agosto, em Porto Alegre, pela Copa do Brasil, se livrou do processo de injúria racial movido contra ela. Um acordo proposto pelo juiz Marco Aurélio Xavier, no Foro Central da capital gaúcha, na manhã desta segunda-feira, deu a Patrícia e a outros três gremistas a oportunidade de suspender o processo de forma condicional – eles terão de se apresentar a uma delegacia de polícia uma hora antes de cada partida oficial do Grêmio, incluindo os jogos fora de casa. Além de Patrícia, respondiam a processo por injúria racial os torcedores Eder Braga, Fernando Ascal e Ricardo Rychter. Todos terão de repetir o procedimento durante um período de dez meses. Se cometerem algum outro crime nesse intervalo, o processo por injúria racial é automaticamente reaberto.

Publicidade

Leia também:

Casa de torcedora do Grêmio é alvo de incêndio criminoso

Torcedora afirma que xingou Aranha ‘no embalo’ da torcida

Ofensas racistas da torcida causam eliminação do Grêmio

Grêmio pune sua organizada que insiste em cantar ‘macaco’

Torcedora flagrada xingando Aranha é intimada pela polícia

Acompanha por seu advogado, Alexandre Rossato, Patrícia chegou de óculos escuros e se recusou a falar com a imprensa. O acordo possibilitou que a torcedora se livrasse de uma possível condenação judicial – a pena prevista por lei por injúria racial vai de um a três anos de reclusão, além de pagamento de multa. O caso ocorreu na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, na Arena do Grêmio. O goleiro santista Aranha reclamou com o árbitro das ofensas racistas por parte da torcida, mas o juiz mandou seguir a partida. Patrícia e outros torcedores gremistas foram mostrados pelas câmeras de TV enquanto provocavam o atleta. Ela perdeu o emprego e teve de sair temporariamente de sua casa, que foi apedrejada, pichada e incendiada. Atualmente, segundo seu advogado, vive reclusa e faz tratamento psiquiátrico. O clube gaúcho foi eliminado do torneio por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

(Com agência Gazeta Press)

Continua após a publicidade

Publicidade