Time do papa tem goleiro envolvido em caso de homicídio
Migliore, do San Lorenzo, está preso sob acusação de acobertar as ações de torcedor que cometeu assassinato. Ele aguarda julgamento atrás das grades
O advogado do atleta revelou que Migliore “não ficou surpreso” com a medida judicial e que continua treinando dentro de uma prisão de segurança máxima em Buenos Aires
Em crise há muitos anos, o San Lorenzo, clube de grande tradição na Argentina, contava com o início do pontificado do papa Francisco, torcedor apaixonado da equipe, para reforçar sua imagem – principalmente no exterior – e tentar se reerguer. Agora, porém, um escândalo envolvendo um dos principais atletas do elenco coloca o nome da agremiação nas páginas policiais dos jornais argentinos. A Justiça local decidiu na terça-feira pela prisão preventiva do goleiro Pablo Migliore, de 31 anos, acusado de acobertar as ações de um torcedor que teria cometido um assassinato. O torcedor está foragido, mas o goleiro já está atrás das grades – foi detido há onze dias ao deixar o estádio do San Lorenzo, depois de uma derrota para o Newell’s Old Boys. Ele corre o risco de ficar preso por vários meses, até que o julgamento dos suspeitos do crime tenha início.
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Nesta quarta, o San Lorenzo pediu à Associação do Futebol Argentino (AFA) autorização – e foi atendido – para contratar outro goleiro, já que o clube ainda disputará onze partidas do campeonato e precisa de mais um jogador para a posição. O advogado de Migliore, Matías Morla, disse que seu cliente não apelará da ordem de prisão preventiva porque pretende ser submetido a julgamento o mais rápido possível. Morla revelou que Migliore “não ficou surpreso” com a medida judicial e que continua treinando dentro de uma prisão de segurança máxima em Buenos Aires. O goleiro é suspeito de ser ligado a Maximiliano Mazzaro, membro de uma torcida organizada do Boca Juniors, acusado de participar do assassinato de Ernesto Cirino, em 2011. Mauro Martín, líder da torcida do Boca, já cumpre prisão preventiva pelo mesmo crime. Escutas telefônicas revelaram que Migliore ajudou Mazzaro a escapar – e não há pistas sobre o seu paradeiro.
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Vaticano – Desde a definição de Jorge Mario Bergoglio como novo papa, em março, a diretoria do San Lorenzo tem promovido uma série de ações para ligar o nome do clube ao do pontífice, que é sócio do clube desde 2008. Nesta quarta, o papa Francisco recebeu uma comitiva na Praça de São Pedro, e em rápido encontro com Matías Lammens, presidente do clube, recebeu uma camiseta oficial comemorativa e um livro com a história do clube de Almagro, em Buenos Aires. “Estamos muito orgulhosos de ter um sócio e um torcedor como papa”, disse Lammens. O cartola cobrou o cumprimento de uma promessa: “Agora ele precisa visitar nossa sede e assistir a um jogo em nosso estádio.” Sorridente, o papa agradeceu: “Uma saudação ao elenco do Club Atlético San Lorenzo de Almagro, de Buenos Aires.”
(Com agências EFE e Gazeta Press)