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Thomas Bach, alemão, 59 anos, é novo presidente do COI

Vice de Jacques Rogge venceu eleição realizada em Buenos Aires nesta terça

“Farei o possível para encontrar um equilíbrio entre as diversas partes do Movimento Olímpico. Terei abertos a porta, os ouvidos e o coração.”

O alemão Thomas Bach, advogado e ex-esgrimista, é o novo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele foi eleito nesta terça-feira pelos integrantes do comitê durante reunião realizada em Buenos Aires. Vice-presidente do COI na gestão de Jacques Rogge, ele concorria com outros cinco candidatos. Aos 59 anos, Bach já integrava a cúpula da entidade havia treze anos, além de ser o presidente do Comitê Olímpico Alemão. Bach será o principal dirigente do COI durante a primeira Olimpíada realizada na América do Sul, no Rio de Janeiro, em 2016. Medalha de ouro na Olimpíada de Montreal, em 1976, Bach passou as últimas duas décadas galgando posições dentro da organização responsável por realizar os Jogos Olímpicos. O belga Rogge se despede do cargo depois de doze anos – um período que, na semana passada, ao fazer um balanço de sua gestão, disse ter sido “divertido”.

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“Quero ser o presidente de todos”, disse Bach no primeiro discurso. “Farei o possível para encontrar um equilíbrio entre as diversas partes do Movimento Olímpico. Terei abertos a porta, os ouvidos e o coração.” O alemão foi anunciado vencedor do pleito por Rogge, que recebeu um forte abraço de seu vice. O novo presidente agradeceu aos colegas em vários idiomas e se disse satisfeito por “esta notável demonstração de confiança” em seu trabalho. Thomas Bach foi presidente da Câmara de Indústria e Comércio Árabe-Alemã (onde estabeleceu bons contatos com diversas autoridades do Oriente Médio, incluindo o xeque Ahmed Al-Sabah, do Kuwait, presidente do Conselho Olímpico da Ásia) e teve dois padrinhos fortíssimos no início da carreira como dirigente: Horst Dassler, filho do fundador da Adidas e figura poderosa no mundo do marketing esportivo, e Juan Antonio Samaranch, ex-presidente do COI.

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Concorrentes – Apesar de sua crescente influência no COI, Bach recentemente sofreu uma derrota política ao não conseguir emplacar Munique como a sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018. Em sua campanha para chegar à presidência do COI, o alemão usou o slogan “unidade na diversidade” e defendeu a realização de Jogos na África, continente que nunca foi anfitrião do evento. O principal rival de Bach na disputa foi o porto-riquenho Richard Carrión. Membro da Federação Internacional de Basquete e nome de peso no mundo das finanças, Carrión conseguiu cerca de 8 bilhões de dólares para o COI em contratos de TV. O executivo, porém, nunca foi atleta – ao contrário de outro candidato derrotado, o ucraniano Sergei Bubka, ícone do salto com vara e presidente do comitê olímpico de seu país. Era o candidato mais jovem, com 49 anos. O suíço Denis Oswald, ligado ao remo, o taiwanês Ching Kuo Wu, do boxe, e Ng Ser Miang, um diplomata de Cingapura, também estavam na briga.

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Em 119 anos de história, desde sua fundação pelo Barão de Coubertin, em 1894, o COI teve, até Jacques Rogge, um total de oito presidentes – e só um deles não era europeu. O novo presidente, que terá um mandato de oito anos, renovável por outros quatro, tem entre seus principais desafios o combate ao doping e a consolidação dos Jogos da Juventude, evento criado há poucos anos. A tentativa de realizar uma edição Jogos Olímpicos na África é outra meta declarada de Bach. Antes de Bach e Rogge, presidiram o COI o grego Dimitrios Vikelas (1894-1896), o francês Pierre de Coubertin (1896-1925), o belga Baillet-Latour (1925-1942), o sueco Johannes Sigfrid Edström (1946-1952), o americano Avery Brundage (1952-1972), o irlandês Michael Morris Killanin (1972-1980) e o espanhol Juan Antonio Samaranch (1980-2001).

(Com Estadão Conteúdo)

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