Técnico que espancava equipe olímpica renuncia ao cargo
Ryuji Sonoda foi acusado de agressão e assédio moral por quinze judocas
A federação japonesa confirmou pelo menos cinco casos de agressão física entre agosto de 2010 e fevereiro de 2012
O treinador da seleção olímpica de judô do Japão, Ryuji Sonoda, pediu demissão nesta quinta-feira depois de ser acusado de assédio moral e agressões físicas por várias de suas atletas. De acordo com elas, Sonoda foi violento e agressivo na preparação da equipe para os Jogos Olímpicos de Londres, no ano passado. O técnico decidiu renunciar ao cargo porque avaliava que seria difícil continuar trabalhando com as atletas depois das acusações. Quinze judocas confirmaram as agressões, de acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo. De acordo com uma carta divulgada pelas judocas, Sonoda xingava e dava tapas em suas comandadas. Algumas foram agredidas com varas de bambu. Sonoda também foi acusado de forçar quem estava lesionado a competir mesmo sem ter condições físicas ideais.
O técnico, de 39 anos, não foi o único acusado – outros integrantes da comissão também foram envolvidos no caso. As atletas responsáveis pela denúncia não tiveram seus nomes divulgados. Na quarta-feira, o diretor da Federação Japonesa de Judô, Koshi Onozawa, afirmou que a situação “jamais poderia ter acontecido” e prometeu redobrar os esforços para que nada parecido volte a ocorrer. A federação também confirmou pelo menos cinco casos de agressão física entre agosto de 2010 e fevereiro de 2012. Nesses relatos, as judocas foram esbofeteadas, empurradas ou golpeadas com bambu. Nos Jogos de Londres, a seleção feminina de judô do Japão conseguiu três medalhas: uma de ouro, uma de prata e uma de bronze. A notícia foi divulgada em meio a outro caso de grande repercussão envolvendo agressões cometidas por um técnico. Um estudante de 17 anos cometeu suicídio em Osaka depois de sofrer castigos cometidos pelo treinador de seu time de basquete na escola.
(Com agência EFE)