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Romário abre campanha de Andrés pedindo prisão do rival

O deputado afirmou que Marco Polo Del Nero, o provável oponente do ex-presidente corintiano na eleição na CBF, ‘merecia ficar 100 anos na cadeia’

“Apoio totalmente o Andrés. Caso contrário, não estaria aqui. Acabou para Del Nero”, disse Maradona

No início da semana, o ex-presidente do Corinthians Andrés Sanchez afirmou que já tinha apoio suficiente para lançar uma candidatura de oposição na eleição para o comando da CBF, no ano que vem. Nesta quarta-feira, o cartola realizou o primeiro grande evento de sua campanha – e com cabos eleitorais de peso. A convite de Sanchez, Romário, Maradona e outros ex-craques do futebol brasileiro e sul-americano se reuniram na sede do Corinthians, na Zona Leste de São Paulo – segundo os participantes, para discutir como tornar a gestão da modalidade mais transparente. O encontro, porém, acabou sendo um ato público de apoio a Sanchez, liderado principalmente por Romário. O deputado federal sem partido, que negocia com várias legendas de olho nas próximas eleições, chegou a pedir “100 anos de prisão” para Marco Polo Del Nero – braço-direito de José Maria Marin e provável candidato da situação no pleito da CBF. O ex-craque, aliás, não fez a menor questão de esconder seu alvo preferencial, justamente o arquirrival de seu anfitrião nesta quarta.

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Na reunião, um grupo de advogados uruguaios exibiu aos convidados, sem a presença da imprensa, documentos que mostrariam indícios de corrupção na Conmebol, acusada de não repassar verbas que deveriam ser destinadas aos clubes sul-americanos. Romário saiu do encontro dizendo que a Conmebol é uma entidade “mais corrupta até que a Fifa e a CBF” e emendou, para satisfação de Sanchez: “É um efeito dominó, e essas três instituições, Conmebol, Fifa e CBF, têm um nome em comum: Del Nero”. O cartola paulista é integrante dos Comitês Executivos da Fifa e da Conmebol e ocupa uma das vice-presidências da CBF. Para que o ataque a Del Nero e o apoio a Sanchez ficasse ainda mais claro, Romário disse temer pelo futuro do futebol no país caso Del Nero seja o sucessor de Marin, e completou: “Se as coisas não mudarem no Brasil, poderemos ter um presidente que deveria ficar 100 anos na cadeia”. O deputado não explicou por quais crimes Del Nero deveria responder e ser condenado.

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Convidado de honra no evento que marcou a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014, há sete anos, na sede da Fifa, Romário também disse – de novo sem dar detalhes de sua acusação – que o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, está no cargo “porque fez chantagem e por estar metido em um negócio ilegal”. “A cada dia vemos nos jornais e na TV os roubos e as falcatruas que essas entidades vêm fazendo”, afirmou o ex-jogador, que atuou em favor da candidatura brasileira a sede do Mundial a pedido de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF que renunciou ao cargo por causa das repetidas suspeitas de corrupção. Teixeira não contava apenas com Romário como aliado. Nos últimos anos de sua gestão na CBF, o homem forte do futebol na entidade era Andrés Sanchez, que transformou-se em diretor de seleções e chefiou a delegação brasileira no último Mundial. Curiosamente, o nome de Teixeira não foi lembrado pelos convidados, que preferiram pedir mais “transparência” enquanto elogiavam Sanchez. Maradona já aderiu à campanha: “Apoio totalmente o Andrés. Caso contrário, não estaria aqui. Acabou para Del Nero”, afirmou o argentino.

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