Rio tem indefinição em 5 palcos de modalidades de 2016
A comissão do COI encerrará sua visita à cidade olímpica nesta quarta-feira
Os integrantes da comissão do COI visitaram as instalações que já estão sendo construídas ou reformadas para 2016, incluindo o Estádio do Maracanã, palco da abertura e do encerramento
A Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) encerra nesta quarta-feira sua visita ao Rio de Janeiro – e a sede olímpica, ao invés de avançar rumo à conclusão de seu projeto para 2016, acumula ainda mais dúvidas a respeito dos locais de competição para os Jogos. A pouco mais de três anos para a abertura do evento, ainda não estão definidos os locais de disputa de cinco modalidades: basquete, saltos ornamentais, esgrima, rúgbi e hóquei sobre grama. O Comitê Organizador Rio-2016 deveria ter submetido a definição final ao COI no fim do ano passado. Duas indefinições no projeto já eram conhecidas: rúgbi e hóquei sobre grama. Na passagem dos representantes do comitê pela cidade, nesta semana, foram reveladas as outras três. A principal incerteza envolve um dos esportes mais populares da Olimpíada: o basquete, que inicialmente seria todo disputado no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, pode ter parte dos jogos (principalmente os da primeira fase) levados para o núcleo de Deodoro. Em troca, a esgrima seria disputada na arena do basquete, na Barra.
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“Foi uma sugestão da Federação Internacional de Basquete para não sobrecarregar a arena, e é interessante também para levar mais público para Deodoro”, disse o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser Gonçalves. A mudança também agradaria à federação de esgrima, que solicitou a mudança de Deodoro para a Barra. Outra possível alteração envolve os saltos ornamentais: a pedido da Federação Internacional de Natação (Fina), o Rio-2016 apresentou proposta de transferência do Parque Aquático Maria Lenk para uma arena temporária que será montada no Forte de Copacabana, que já vai receber as disputas de triatlo e maratona aquática. A Fina alegou que a piscina do Maria Lenk ficaria sobrecarregada com as partidas de polo aquático, e pediu uma exclusiva para os saltos. Como a estrutura será temporária, quem deve arcar com os custos é o Rio-2016. Se o COI aprovar, falta ainda um acordo com o Exército, a quem pertence o Forte de Copacabana. Em nota, o Comando Militar do Leste informou que “não existe, até o momento, compromisso relativo à competição de saltos ornamentais”.
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A ideia foi bem recebida porque o Rio pretende aproveitar o cenário de Copacabana para divulgar suas paisagens pelo mundo – o mesmo que foi feito nas provas de salto em Barcelona, disputadas em Montjuic, com um panorama da cidade e a Sagrada Família de Gaudí como pano de fundo. Outra incógnita é o destino do rúgbi, esporte estreante em Jogos Olímpicos, que seria inicialmente disputado em São Januário. O Vasco não apresentou a tempo o projeto de reforma, o que excluiu o estádio do projeto. O Engenhão, palco do atletismo olímpico, surgiu como possibilidade. Durante a visita do COI, porém, a prefeitura do Rio voltou a apresentar a proposta de reformar o Estádio Moça Bonita, em Bangu, para sediar as partidas de rúgbi. No dossiê de candidatura, o hóquei sobre grama aconteceria no Parque Olímpico. O Rio 2016 decidiu levar a modalidade para o complexo esportivo de Deodoro, na Zona Oeste, mas a federação internacional recusou.
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O impasse permanece, mas a presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Sílvia Bastos, foi bem clara ao comentar o assunto na terça-feira: “No Parque Olímpico, não vai ser”. Os integrantes da comissão do COI visitaram as instalações que já estão sendo construídas ou reformadas para 2016, incluindo o Estádio do Maracanã, palco da abertura e do encerramento. Também foram à nova sede do Comitê Organizador e às obras de revitalização da zona portuária. A presidente da comissão, a marroquina Nawal El Moutawakel, o diretor-executivo de Jogos Olímpicos do COI, o suíço Gilbert Felli e o presidente do Comitê Organizador, Carlos Arthur Nuzman, foram acompanhados nas visitas pelo secretário da Casa Civil do estado do Rio de Janeiro, Régis Fichtner. Na tarde de terça, a comissão realizou reuniões sobre temas como marketing, mídia e voluntariado. Na manhã desta quarta, seriam realizadas as apresentações sobre conclusões da visita e os próximos passos da cidade olímpica.
(Com Estadão Conteúdo e agência Gazeta Press)