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Para evitar final alemã, Barcelona busca milagre em casa

Equipe precisa de cinco gols de diferença para reverter tragédia em Munique

“Queremos provar que o jogo em Munique não foi uma situação excepcional”, disse o técnico do Bayern, Jupp Heynkes

Está nos pés dos craques do Barcelona evitar a primeira decisão 100% alemã da história da Liga dos Campeões. Após a classificação do Borussia Dortmund, que segurou o Real Madrid e avançou após uma derrota por 2 a 0 na terça-feira, o elogiado time catalão, considerado o melhor do mundo nos últimos quatro anos, precisará de uma atuação de gala para golear o Bayern de Munique por cinco gols de diferença, reverter o massacre de 4 a 0 sofrido no jogo de ida, em Munique, e avançar à terceira final em cinco temporadas – o time foi campeão europeu em 2009 e 2011, e caiu nas semifinais em 2010 e no ano passado. Uma vitória por 4 a 0 leva a decisão para a prorrogação. Derrota por quatro gols de diferença mas com gol marcado fora de casa dá a vaga ao Bayern. Até hoje, o mais rico torneio de clubes do mundo já teve finais entre espanhóis (Real Madrid bateu o Valencia, em 2000), italianos (Milan bateu a Juventus nos pênaltis, em 2003) e ingleses (Manchester United superou o Chelsea, em 2008, também nos pênaltis). Se o Bayern se segurar e confirmar o favoritismo, a Alemanha se iguala a esses países e dá mais uma prova do bom momento que seu futebol vive desde que sediou a Copa do Mundo, em 2006.

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Dentro de campo, o principal problema do Barcelona é defensivo: o lateral-esquerdo Alba e o volante Busquets, machucados, estão fora da partida, assim como os zagueiros Puyol e Mascherano. O técnico Tito Vilanova deve escalar o miolo de zaga com Piqué e Montoya, com os brasileiros Daniel Alves e Adriano nas laterais. Duas vitórias recentes por 4 a 0 movem o time em busca da vida: contra o Milan, nas oitavas de final, depois de perder por 2 a 0 na Itália, e contra o próprio Bayern, em 2009, também por 4 a 0, nas quartas de final – mas aquele era o jogo de ida, e na volta um tranquilo enmpate por 1 a 1 selou a classificação catalã. Messi marcou dois gols em cada um desses jogos – mas a dúvida é saber se estará em forma, depois de se machucar contra o Paris Saint-Germain e praticamente andar em campo em Munique. “Sabemos da importância de Messi para este time, principalmente na hora da finalização das jogadas. Quanto melhor ele estiver, maiores as chances de nos classificarmos. No entanto, não podemos pressioná-lo, temos que ajudá-lo”, declarou o técnico Tito Vilanova.

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O Bayern vai a campo tranquilo. O técnico Jupp Henkckes, que em julho entrega o cargo para o ex-barcelonista Pep Guardiola, tenta manter os jogadores concentrados, mas quer acima de tudo mostrar que o resultado da semana passada não foi um acaso. “Queremos provar que o jogo em Munique não foi uma situação excepcional. Precisamos levar o adversário em conta. Temos nossa filosofia no futebol e, nessa temporada, já provamos que o Bayern é um grande time com futebol do melhor nível. Temos nossa cultura e podemos marcar gols no Camp Nou”, disse. Sua maior preocupação é com os cartões amarelos: o zagueiro Dante, o lateral e capitão Philipp Lahm, os meias Javi Martínez e Schweinsteiger e o atacante Mario Gomez estão pendurados, ou seja, correm o risco de não jogar a decisão.

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https://youtube.com/watch?v=9MGu5sPHEJI%3Frel%3D0

2013: Bayern

Depois de perder duas decisões em três anos – uma delas, em seu próprio estádio -, o Bayern não deixou passar a terceira oportunidade de levantar a taça. Em um clássico alemão, a equipe de Munique derrotou o Borussia por 2 a 1 no Estádio de Wembley.

2012: Chelsea

A equipe londrina surpreendeu e conquistou seu primeiro título contra o Bayern de Munique, na casa do adversário, a Allianz Arena. Didier Drogba foi o grande destaque da final, que foi decidida nos pênaltis depois de empate por 1 a 1 no tempo normal.

2011: Barcelona

Com Messi inspirado e com Pep Guardiola como técnico, o Barça foi campeão no Estádio de Wembley, em Londres, fazendo 3 a 1 no Manchester United. O jogo é considerado uma das melhores da fase de ouro da equipe catalã sob o comando de Guardiola.

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2010: Internazionale

O argentino Milito foi o destaque na vitória da equipe italiana sobre o Bayern, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri – fez os dois gols na vitória por 2 a 0 e deu à Inter de Milão um título que não conquistava desde a década de 1960. Mourinho era o técnico.

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2009: Barcelona

Eto’o e Messi marcaram os gols da vitória catalã no Estádio Olímpico de Roma, contra o Manchester United de sir Alex Ferguson e da dupla de ataque formada por Rooney e Cristiano Ronaldo. Foi o terceiro título do torneio continental para o Barça.

2008: Manchester United

Na final entre os ingleses, a equipe de Alex Ferguson levou a melhor sobre o Chelsea, no Estádio Luzhniki, em Moscou. No tempo normal, Cristiano Ronaldo abriu o placar e Lampard empatou. Na cobrança de pênaltis, Anelka perdeu e o United comemorou.

https://youtube.com/watch?v=e5iNzdPlAj4

2007: Milan

Com grandes atuações de Kaká e Inzaghi, a equipe italiana se vingou da derrota para o Liverpool na final de 2005. A decisão disputada no Estádio Olímpico de Atenas foi totalmente dominada pelo Milan, que conquistou seu sétimo título da Liga dos Campeões.

2006: Barcelona

Com Ronaldinho Gaúcho em grande fase, o Barça era favorito contra o Arsenal no Stade de France, em Paris. Os ingleses saíram na frente com Campbell, mas os catalães viraram com gols de Eto’o e do brasileiro Belletti. Foi o bicampeonato do Barcelona.

2005: Liverpool

Uma das maiores surpresas da história do torneio – não pela vitória da equipe inglesa, clube tradicional na competição, mas sim pela recuperação histórica. O Milan vencia por 3 a 0 no intervalo em Istambul. O Liverpool buscou o empate e venceu nos pênaltis.

2004: Porto

Carlos Alberto e Deco estavam entre os destaques da jovem equipe do Porto treinada por um então desconhecido, José Mourinho. Do outro lado estava outra zebra, o Monaco. A final, disputada em Gelsenkirchen, terminou com vitória dos portugueses, 3 a 0.

https://youtube.com/watch?v=9y7zKOKJGzk

2003: Milan

A final entre dois italianos no estádio Old Trafford, em Manchester, foi marcada pelo enorme equilíbrio. Milan e Juventus ficaram no 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. Na disputa por pênaltis, Dida defendeu três cobranças e Shevchenko selou a vitória do Milan.

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