Obras no Engenhão começam ainda este mês
Consórcio da Odebrecht vai arcar com os custos, mas pretende entrar na Justiça contra responsáveis pelo projeto para pedir indenização por prejuízos
O canteiro de obras começa a ser montado ainda neste mês no Engenhão para o início da reforma do estádio – que está interditado desde o dia 26 de março, quando foram constatados problemas na estrutura da cobertura. O cronograma dos trabalhos foi divulgado nesta segunda-feira, em entrevista coletiva concedida pelo secretário municipal de Obras do Rio de Janeiro, Alexandre Pinto, pelo representante do Consórcio Engenhão, Marcos Vidigal, pelo presidente da RioUrbe, Armando Quiroga, e pelo procurador-geral do município, Fernando Dionísio.
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Segundo a prefeitura, todas as etapas das obras começam ainda neste ano e o estádio deve ser reaberto em novembro de 2014. Em agosto, começa o processo de montagem das gruas, o escoramento da cobertura e a fabricação de peças para o reforço da estrutura. Em setembro, a cobertura será desmontada e, em dezembro, passa a ser feito o reforço da cobertura e dos arcos.
Os trabalhos serão tocados pelo Consórcio Engenhão – composto por Odebrecht e OAS -, apesar de ele não ter sido responsabilizado pelas falhas. Uma comissão designada pela prefeitura para analisar todos os laudos técnicos concluiu que o que houve foi um erro de projeto. O estádio começou a ser construído pela empreiteira Delta, que abandonou a obra na metade, e o desenho da cobertura foi feito pela empresa Alfa. “Vamos executar a obra para que cessem os prejuízos verificados”, disse Vidigal.
Apesar disso, a RioUrbe e o Consórcio Engenhão planejam acionar judicialmente os responsáveis pelo erro no projeto assim que a investigação for concluída. O consórcio pedirá o ressarcimento das obras, e a prefeitura quer ser indenizada pelo tempo que o estádio ficará fechado. “A prefeitura vai buscar os responsáveis pelos danos efetivos e morais, porque ficaremos com o estádio fechado por um longo tempo”, explicou Quiroga, acrescentando que o município não desembolsará nenhuma quantia com a reforma e terá do novo consórcio uma garantia de cinco anos após as obras.
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