Publicidade
Publicidade

Na véspera de amistoso, Felipão lamenta a viagem à Ásia

Técnico criticou abertamente a empresa que promove os amistosos da seleção

“Essa viagem longa fez com que mudássemos nossa rotina e até nossa forma de jogar. Estamos concedendo uma vantagem aos nossos adversários”, criticou Felipão

A irritação do técnico Luiz Felipe Scolari com a empresa que detém os direitos sobre os amistosos da seleção brasileira está cada vez mais evidente. Nesta sexta-feira, véspera do jogo entre o Brasil e a Coreia do Sul, em Seul, Felipão lamentou não estar concentrado com seus atletas no Brasil ou pelo menos num país mais próximo. De acordo com ele, o desgaste provocado pela longa viagem e a mudança de fuso horário estão atrapalhando o desempenho dos atletas nos treinos – e isso deverá prejudicar a apresentação da equipe numa das últimas partidas antes da convocação para a Copa do Mundo de 2014. O amistoso está marcado para as 8 horas (de Brasília) de sábado, em Seul. Depois da Coreia do Sul, o Brasil enfrenta a Zâmbia, em Pequim, na próxima terça-feira.

Publicidade

Leia também:

Ronaldo: ‘Adoraria Messi ou Cristiano Ronaldo na seleção’​

Desgastada pela viagem, a seleção chega à Coreia do Sul

Victor, Dedé e Lucas Leiva, as três novidades da seleção

A virada da seleção – e o que você pode aprender com ela

Continua após a publicidade

Com reputação restaurada, Brasil sobe no ranking da Fifa

“Teremos algum prejuízo nessa viagem, pois será difícil manter o mesmo posicionamento da Copa das Confederações. No treino de quinta, tínhamos alguns jogadores ainda sem coordenação. Eles estavam fora do tempo da bola”, reclamou o treinador. “É isso que a gente tem falado para a empresa que detém os jogos: que pense um pouco mais na parte técnica. Sabemos que os jogos são importantes por vários aspectos, que há valores altos envolvidos, mas essa viagem longa fez com que mudássemos nossa rotina e até nossa forma de jogar. Estamos concedendo uma vantagem aos nossos adversários.” Felipão já vinha lamentando não ter controle sobre a agenda de amistosos, mas a reclamação desta sexta foi sua declaração mais forte sobre o assunto até agora.

Os amistosos da seleção são realizados por duas empresas: a saudita ISE, dona dos direitos sobre os jogos, e a inglesa Pitch, responsável pela parte logística das partidas. A CBF costuma levar a elas os pedidos e sugestões da comissão técnica da seleção, mas quem bate o martelo sobre os adversários e os locais dos jogos são mesmo a ISE e a Pitch. “A gente gostaria de ter jogado na Europa, já que a viagem seria mais curta”, disse Felipão. Depois das partidas de outubro na Ásia, a seleção vai viajar um pouco menos na rodada de novembro: serão dois amistosos nos Estados Unidos. Só um deles está marcado: em Miami, contra Honduras. O último amistoso do Brasil antes da Copa será em março, ainda sem adversário definido – mas quase certamente fora do Brasil.

Publicidade

Acompanhe VEJA Esporte no Facebook

Siga VEJA Esporte no Twitter

Escalação – Recuperado da pancada que o tirou do treino mais cedo na quinta, Neymar participou normalmente dos preparativos da equipe nesta sexta, no estádio onde acontecerá a partida de sábado. O atacante do Barcelona foi titular, formando o ataque ao lado de Jô e Hulk, que recuperou um lugar no time, na vaga de Ramires. Na primeira parte do treino, Felipão fez um trabalho tático em campo reduzido enquanto os reservas treinavam fundamentos com o auxiliar Flávio Murtosa. Em seguida, Felipão trabalhou jogadas de bola parada nos arredores da grande área. Neymar e Marcelo foram os principais responsáveis pelas jogadas ensaiadas. Na segunda parte do treino, Felipão fez algumas experiências no time, dando espaço para reservas como Bernard, Pato e Hernanes.

​(Com agência Gazeta Press)

Continua após a publicidade

Publicidade