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Na Suíça, o COI alerta: o ‘tempo está passando’ para 2016

Porta-voz do Comitê cobra mais avanços no projeto brasileiro para os Jogos

Como a edição de Londres foi considerada um grande sucesso, cresceu a pressão para que o Rio mantenha o mesmo padrão elevado

O Comitê Olímpico Internacional (COI) fez um alerta ao Rio de Janeiro nesta terça-feira. De acordo com um representante do comitê, “o tempo está passando” e já é necessário mostrar “vigor total” na preparação para a Olimpíada de 2016. O recado foi dado durante uma reunião do COI em Lausanne, na Suíça, para acompanhar o andamento do projeto brasileiro. “Nossa mensagem continua sendo a mesma: ainda há tempo, mas o tempo está passando, e eles precisam atacar essa situação com todo o vigor”, afirmou o porta-voz do COI, Mark Adams, em referência aos integrantes do Comitê Organizador Rio-2016. O tom contundente da declaração é incomum quando se trata do COI, que costuma ser mais diplomático em suas declarações públicas. Faltando menos de quatro anos para a Olimpíada, o Comitê do Rio apresentou ao Comitê Executivo do COI um relatório atualizado sobre os preparativos para 2016. Os principais entraves agora parecem ser a falta de um orçamento fechado para o evento e a indefinição sobre as sedes de alguns dos esportes.

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A reunião na Suíça aconteceu duas semanas depois do COI organizar no Rio o “debrifieng”, evento que serviu para transferir informações entre os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2012 e de 2016. Como a edição de Londres foi considerada um grande sucesso, cresceu a pressão para que o Rio mantenha o mesmo padrão elevado. Segundo Mark Adams, um dos temas da reunião desta terça foi sobre a indefinição sobre as sedes de alguns esportes para 2016, como hóquei e golfe. Apesar da situação incerta, o porta-voz disse que, pelo menos por enquanto, “não existe uma grande preocupação”. Ele também revelou que o COI quis informações da delegação do Rio sobre o crescimento do PIB brasileiro, que ficou abaixo das expectativas. O presidente do Comitê do Rio, Carlos Arthur Nuzman, participou do encontro e mostrou tranquilidade com os preparativos. “Estamos numa situação muito confortável. É importante trabalharmos como uma equipe, o COI, o Comitê local e o governo. Penso que estamos no caminho certo”, garantiu.

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Sem prazo – No fim do mês passado, na primeira reunião no Rio depois do fim dos Jogos de Londres, o COI já havia revelado preocupação com o ritmo das obras na cidade. O complexo esportivo de Deodoro, na Zona Oeste, vai receber sete modalidades, mas ainda nem sequer começou a sair do papel – e tampouco há previsão para isso. O próprio COI se mostrou confuso quanto às datas para o início da construção. “Sobre Deodoro, ainda estamos tentando entender os prazos limite”, disse o diretor de Jogos Olímpicos do COI, Gilbert Felli, no encerramento do “debriefing”, que durou cinco dias. “Esperamos que a licitação saia nos próximos dias. Gostaríamos de já ter uma resposta”. Na ocasião, a secretaria estadual da Casa Civil, responsável pela construção, informou que “ainda não há prazo para o edital de licitação para projetos e obras do complexo esportivo de Deodoro”. Em junho, em outra reunião no Rio, o COI já tinha subido o tom e mostrado nervosismo com o atraso de duas das principais obras: o Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, e o complexo de Deodoro.

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(Com Estadão Conteúdo)

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