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Na Rússia, atrasos nas obras olímpicas derrubam cartola

Irritado com o descumprimento dos prazos, Putin manda demitir vice de comitê

“O importante é que ninguém roube nada, que não exista um encarecimento artificial do evento”, ordenou Putin

Ao contrário do que acontece no Brasil, onde os atrasos nas obras para a Copa do Mundo de 2014 e para a Olimpíada de 2016 parecem não ter grandes consequências, na Rússia o descumprimento de prazos é combatido pela cúpula do governo. Nesta quinta-feira, dia que marca o início da contagem regressiva de um ano para a abertura da Olimpíada de Inverno de Sochi, o presidente Vladimir Putin decidiu demitir o vice-presidente do Comitê Olímpico Russo, Akhmed Bilalov, justamente por causa da demora na conclusão dos projetos para os Jogos. “As pessoas que não cumprem com suas obrigações não podem dirigir o movimento olímpico em nosso país”, afirmou Dmitry Kozak, vice-primeiro-ministro e principal encarregado dos preparativos olímpicos. Putin visitou Sochi, um balneário às margens do Mar Negro, para inspecionar as obras – e criticou duramente os atrasos na construção da rampa de saltos de esqui, que deveria ter sido inaugurada em junho de 2011.

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Fanático por esportes de inverno, Putin conheceu o complexo de esqui e a pista de bobsled da Olimpíada na quarta. Nesta quinta, deu sequência à inspeção, visitando a Vila Olímpica e o Estádio Olímpico. Os Jogos de Inverno de Sochi serão os mais caros da história, com um investimento de 50 bilhões de dólares. O vice-premiê Kozak disse que o comitê organizador já gastou 38 bilhões, com ênfase nas obras das áreas de transporte, energia e comunicações. O valor é quase cinco vezes maior do que o anunciado originalmente, já que praticamente todas as instalações esportivas e a infraestrutura olímpica tiveram de ser construídas do zero. Sochi-2014 terá doze novas provas que não foram disputadas na última edição dos Jogos, em Vancouver-2010. Serão distribuídas 98 medalhas em quinze modalidades diferentes, disputadas por atletas de quase oitenta países.

(Com agência EFE)

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