Medalha de prata em Londres é agredida por correr ‘nua’
Esporte
Medalha de prata em Londres é agredida por correr ‘nua’
Tunisiana disputou prova com braços, pernas e barriga à mostra e sem véu
Publicado por: Da Redação em 17/08/2012 às 18:05 - Atualizado em 08/10/2021 às 12:05
Veja.com
1/10 Habiba Ghribi, prata nos 3.000 m com obstáculos, ganhou uma das três medalhas da Tunísia em Londres (Stu Forster/Getty Images/VEJA)
2/10 Habiba Ghribi, prata nos 3.000 m com obstáculos, ganhou uma das três medalhas da Tunísia em Londres (Ian Walton/Getty Images/VEJA)
3/10 Habiba Ghribi (28) conquistou para a Tunísia a medalha de prata nos 3.000m obstáculos (Johannes Eisele/AFP/VEJA)
4/10 Habiba Ghribi, prata nos 3.000 m com obstáculos, ganhou uma das três medalhas da Tunísia em Londres (Mark Dadswell/Getty Images/VEJA)
5/10 Habiba Ghribi (28) conquistou para a Tunísia a medalha de prata nos 3.000m obstáculos (Chris McGrath/Getty Images/VEJA)
6/10 Habiba Ghribi, prata nos 3.000 m com obstáculos, ganhou uma das três medalhas da Tunísia em Londres (Lucy Nicholson/Reuters/VEJA)
7/10 Habiba Ghribi (28) conquistou para a Tunísia a medalha de prata nos 3.000m obstáculos (Michael Steele/Getty Images/VEJA)
8/10 Tahmina Kohistani, única atleta do Afeganistão a participar da Olimpíada de Londres (Stu Forster/Getty Images/VEJA)
9/10 Pela primeira na história dos Jogos Olímpicos, uma judoca da Arábia Saudita participou de uma eliminatória do judô, com direito ao uso do véu islâmico exigido para as mulheres, em 03/08/2012 (Emmanuel Dunand/AFP/VEJA)
10/10 Pela primeira na história dos Jogos Olímpicos, uma judoca da Arábia Saudita participou de uma eliminatória do judô, com direito ao uso do véu islâmico exigido para as mulheres, em 03/08/2012 (Toshifumi Kitamura/AFP/VEJA)
A atleta Habiba Ghribi não cabia em si de tanta alegria em ser a primeira mulher tunisiana a subir num pódio olímpico. Habiba foi medalha de prata nos 3.000 metros com barreiras e dedicou sua vitória a todos os compatriotas, em especial às mulheres. O problema é que muitos tunisianos não gostaram da forma como ela se apresentou na prova e chegaram a pedir a “cassação” de sua nacionalidade.
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Habiba, de 28 anos, disputou a final da prova no Estádio Olímpico de Londres, no dia 6 de agosto, como todas as outras atletas: de calção curto, sapatilhas e top colado ao corpo. A revolta dos mais conservadores ocorreu porque estava com braços e pernas à mostra, além, claro, de exibir o abdômen. “A Tunísia não precisa de mulheres que corram nuas”, escreveu um indignado leitor no Facebook, segundo publicou o site do diário espanhol El País. Outro “pecado” de Habiba foi competir sem o lenço que cobre a cabeça, o hijab.
Ainda segundo o El País, outras atletas árabes também foram insultadas nesta Olimpíada. A judoca saudita Wojdan Shaherkani – eliminada na primeira luta – foi chamada de prostituta e a afegã Tahmina Kohistani, que disputou a prova dos 100 metros rasos e ficou em último nas eliminatórias, foi classificada de “vergonha nacional”.