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Medalha de prata em Londres é agredida por correr ‘nua’

Tunisiana disputou prova com braços, pernas e barriga à mostra e sem véu

A atleta Habiba Ghribi não cabia em si de tanta alegria em ser a primeira mulher tunisiana a subir num pódio olímpico. Habiba foi medalha de prata nos 3.000 metros com barreiras e dedicou sua vitória a todos os compatriotas, em especial às mulheres. O problema é que muitos tunisianos não gostaram da forma como ela se apresentou na prova e chegaram a pedir a “cassação” de sua nacionalidade.

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Habiba, de 28 anos, disputou a final da prova no Estádio Olímpico de Londres, no dia 6 de agosto, como todas as outras atletas: de calção curto, sapatilhas e top colado ao corpo. A revolta dos mais conservadores ocorreu porque estava com braços e pernas à mostra, além, claro, de exibir o abdômen. “A Tunísia não precisa de mulheres que corram nuas”, escreveu um indignado leitor no Facebook, segundo publicou o site do diário espanhol El País. Outro “pecado” de Habiba foi competir sem o lenço que cobre a cabeça, o hijab.

Ainda segundo o El País, outras atletas árabes também foram insultadas nesta Olimpíada. A judoca saudita Wojdan Shaherkani – eliminada na primeira luta – foi chamada de prostituta e a afegã Tahmina Kohistani, que disputou a prova dos 100 metros rasos e ficou em último nas eliminatórias, foi classificada de “vergonha nacional”.

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