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Manifestantes cercam sede do governo para protestar contra licitação do Maracanã

Presidente do Tribunal de Justiça decidiu, no início da madrugada, derrubar liminar que suspendia processo de entrega de propostas para gerir o estádio

Suspensa na tarde de quarta-feira, mas liberada em seguida pela Justiça, a licitação para a concessão do estádio do Maracanã, cuja abertura de propostas estava marcada para as 10h desta quinta-feira, ocorre sob grande tumulto no Palácio Guanabara. Cerca de 200 manifestantes interditaram a pista sentido Zona Sul da Rua Pinheiro Machado para protestar contra a concessão do estádio e a demolição de estruturas ao redor do complexo, que está em fase final de reforma e receberá a final da Copa do Mundo de 2014.

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Pouco antes das 10h, policiais usaram spray de pimenta para dispersar o protesto, com princípio de confusão. A frente do palácio está cercada por alambrados e os portões da fachada são mantidos fechados. Com o trânsito congestionado, autoridades e participantes da licitação têm dificuldade para chegar ao local.

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Grupos com bandeiras do PSTU e, como é tradição nos protestos recentes, até índios batem tambores para tentar impedir a realização da licitação. A derrubada da liminar que impedia a abertura dos envelopes ocorreu no início da madrugada, com uma decisão do Tribunal de Justiça que cassou a liminar obtida pelo Ministério Público para interromper o processo. A decisão foi assinada pela presidente da corte, a desembargadora Leila Mariano, durante o plantão judiciário. A juíza que havia concedido a liminar para suspender a concessão, Roseli Nalin, entendeu que a suspensão do processo licitatório em nada comprometia os eventos esportivos prestes a utilizar o Maracanã – a Copa das Confederações ocorre em junho. Disse a juíza, em um trecho da sentença: “As provas constantes dos autos se direcionam a favor da verossimilhança da alegação de que a concorrência levada a efeito pelo Estado do Rio de Janeiro contém diversas ilegalidades”.

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A juíza considerou também, para a concessão da liminar, que “conforme apontado pelo Ministério Público”, há suspeita de “superfaturamento nos custos de elaboração dos estudos apresentados” pela IMX. O pedido do promotor Eduardo Santos Carvalho incluía a suspensão da licitação, a proibição de demolição de prédios do entorno, por não haver exigência dos organismos internacionais nesse sentido, e que a gestão do entorno do estádio do Maracanã não fosse entregue a terceiros. Estão incluídos no entorno o ginásio do Maracanãzinho, o estacionamento do estádio, o museu olímpico – que ocupará o antigo prédio do Museu do Índio – e os centros de convivência, com lojas e instalações comerciais.

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