Luta greco-romana comemora retorno aos Jogos em 2020
Excluída do programa olímpico para 2016, modalidade venceu eleição do COI
“Eles mudaram regras para deixar o esporte mais empolgante e fácil de ser entendido, além de terem aumentado o número de disputas femininas. Por tudo isso, estamos felizes de ter a luta de volta”, elogiou o presidente do COI, Jacques Rogge
Depois de ter sido excluída do Jogos Olímpicos do Rio-2016, a luta greco-romana sofreu profundas mudanças – uma tentativa de tornar a modalidade mais atraente para o público depois de uma grande queda de popularidade nas últimas edições do evento. Graças a essa reforma, a modalidade ganhou a disputa contra beisebol e squash e voltará a ser modalidade olímpica em 2020 e 2024. Os dirigentes da luta greco-romana e seus defensores ao redor do mundo (incluindo muitos atletas do UFC, que começaram nesse esporte) comemoraram o resultado da votação na reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI) no domingo, em Buenos Aires. “Hoje é o dia mais importante dos 2.000 anos de história do nosso esporte. Sentimos que fizemos história. Estar no programa olímpico é crucial para a sobrevivência da luta. Cometemos erros no passado, mas decidimos ouvir e aprender”, disse o presidente da Federação Internacional de Luta (Fila), Nenad Lalovic.
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A modalidade foi elogiada pelo COI depois de conseguir voltar ao programa. “A luta representa a tradição dos Jogos Olímpicos e o programa olímpico sempre balanceou tradição e progresso. A luta é o pilar da nossa história e representa tradição como nenhum outro esporte”, disse o vice-presidente do COI, o alemão Thomas Bach. “O comando da modalidade mostrou muita paixão e flexibilidade nos últimos meses. Eles deram muitos passos no sentido de modernizar e melhorar o esporte, incluindo a decisão de colocar mais mulheres e atletas em cargos de direção. Mudaram regras para deixar o esporte mais empolgante e fácil de ser entendido, além de terem aumentado o número de disputas femininas. Por tudo isso, estamos felizes de ter a luta de volta”, elogiou o presidente do COI, Jacques Rogge.
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Já as modalidades derrotadas mostraram-se frustradas. “Queremos dar a cada pequeno menino e menina no mundo a chance de jogar nosso jogo. Mas sinto como se eu tivesse tirado isso deles. Peço desculpas”, lamentou o presidente da Federação Mundial de Beisebol e Softbol, Don Porter. Já o squash teve um discurso mais otimista. “A decisão de hoje é uma dor no coração para milhões de jogadores de squash no mundo, particularmente aqueles que participaram dos dez anos de campanha para entrarmos no programa olímpico. Mas acreditamos que o squash oferece muito para o futuro e ainda tenho esperanças que a inclusão possa ser possível”, afirmou N. Ramachandran, presidente da Federação Internacional de Squash.
(Com Estadão Conteúdo)