‘Lost in translation’ em Salvador e Brasília
Durante a entrevista coletiva com o treinador italiano Cesare Prandelli e o lateral Mattia De Sciglio, um dia antes da final de terceiro e quarto lugares, em Salvador, a tradução simultânea para outros idiomas não funcionou. Como os jogadores estão exaustos, a seleção italiana preferiu definir o horário da entrevista apenas depois de chegar a […]
Durante a entrevista coletiva com o treinador italiano Cesare Prandelli e o lateral Mattia De Sciglio, um dia antes da final de terceiro e quarto lugares, em Salvador, a tradução simultânea para outros idiomas não funcionou. Como os jogadores estão exaustos, a seleção italiana preferiu definir o horário da entrevista apenas depois de chegar a Salvador. Neste sábado, eles acabaram mudando o horário marcado inicialmente, mas os tradutores não foram avisados a tempo. Informado de que a tradução simultânea não funcionava, o funcionário da Fifa que acompanhou a coletiva disse que poderia traduzir as perguntas feitas em inglês, mas as respostas de Prandelli para seus compatriotas continuaram sem tradução alguma. Quase no final da entrevista, alguns voluntários da Fifa foram chamados às pressas para traduzir para os jornalistas brasileiros o sentido geral do que os italianos diziam. A tradução simultânea só começou a funcionar nas duas últimas perguntas. Não foi a única vez que os estádios da Copa das Confederações tiveram um momento “lost in translation”: na abertura, em Brasília, o técnico italiano do Japão, Alberto Zaccheroni, chegava para falar aos jornalistas quando os organizadores perceberam que a comunicação on-line com Belo Horizonte, onde estava a tradutora para o japonês, havia caído. Um jornalista nipônico que arranhava um pouco de italiano foi chamado ao palco para dar uma forcinha e amenizar a macarrônica confusão da tradução em uma entrevista que envolvia português, inglês, japonês e italiano.
(Kalleo Coura, de Salvador, e Giancarlo Lepiani, de Brasília)