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Londres e Rio, agora, minimizam o furto de dados

Nuzman corrige número de demitidos – foram nove, no total – e afirma que dados copiados não comprometem segurança

Depois do alarde, os panos quentes. A cópia não autorizada de arquivos do Comitê Londres 2012 (Locog) feita por funcionários do Comitê Rio 2016 continua inexplicada – e há, segundo as autoridades brasileiras, razões contratuais para o sigilo. Mas, na tarde desta quinta-feira, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Artur Nuzman, veio a público para dizer que o caso não é tão grave. E que a relação entre as duas cidades não foi abalada.

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Na sede do COB, na Barra da Tijuca, foi apresentado um comunicado do Locog declarando que a cópia não autorizada não resultou em violação de segurança grave, nem no comprometimento de “dados pessoais”. Tampouco Londres considera que tenha ocorrido furto ou roubo – e por isso não foi feita queixa em delegacia sobre o caso.

Os ingleses, aliás, não pediram a demissão dos integrantes do Rio 2016 – a decisão partiu do Brasil. Mas, como não houve crime, os nove demitidos – e não dez, como havia sido informado num primeiro momento – foram desligados em um processo normal de demissão. O Locog teria avaliado, segundo Nuzman, que o problema envolveu um pequeno número de pessoas e foi resolvido “de forma eficiente”. E que o comportamento não está relacionado com a maior parte dos integrantes do Rio 2016. Por isso, o compartilhamento de informações continua sem abalos.

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A décima demissão foi revista porque, segundo o Rio 2016, um dos chefes da delegação londrina admitiu que o brasileiro respondia diretamente a ele, e, portanto, não poderia ser responsabilizado pela cópia. Ao todo, 24 pessoas – entre 200 brasileiros enviados a Londres – participaram do programa Secondment, que é destinado a promover experiências práticas para envolvidos na organização da Olimpíada. O grupo passou três meses em Londres.

Nuzman ressaltou, porém, que os desligados não podem argumentar que não sabiam o que faziam, ou que desconheciam os limites da troca de informações. “Nem todos agiram da mesma forma, por isso está claro que estavam bem orientados”, disse Nuzman.

A única exigência do Locog, após o episódio, foi a destruição dos arquivos. O Rio 2016 informou que a maior parte dos arquivos já foi destruída por uma equipe de profissionais de tecnologia da informação.

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Romário – Em uma coletiva de imprensa no fim da tarde, Nuzman também comentou a intenção do ex-jogador Romário de pedir uma investigação sobre o furto de dados. E, de forma diplomática, deu a entender que o ‘Baixinho’ não deve se meter. “Romário nos honrou muito. Foi um campeão do mundo. Mas não tem informação para analisar com frieza o termo. Reitero o convite para que ele venha ao Comitê Rio 2016 para conhecer o projeto e ver como estamos trabalhando. Estamos à disposição dele com o maior respeito.”

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