Isinbayeva defende lei antigay russa: ‘Somos normais’
Campeã olímpica, de 31 anos, é contra manifestação em favor de relação gay
“Nós nos consideramos pessoas normais, dentro do padrão. Vivemos com homens ao lado de mulheres e mulheres ao lado de homens. Tudo deve ser assim, é histórico. Nós nunca tivemos problemas assim na Rússia, e não queremos ter no futuro”
Medalhista de ouro do salto com vara no Mundial de Atletismo de Moscou, a russa Yelena Isinbayeva, de 31 anos, surpreendeu na entrevista após a cerimônia de premiação desta quinta-feira. Ela foi direta ao defender a lei antigay da Rússia, que tem recebido críticas e ameaça a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi-2014. “Estamos com muito medo em relação à nossa nação. Nós nos consideramos pessoas normais, dentro do padrão. Vivemos com homens ao lado de mulheres e mulheres ao lado de homens. Tudo deve ser assim, é histórico. Nós nunca tivemos problemas assim na Rússia, e não queremos ter no futuro”, afirmou Isinbayeva, bicampeã olímpica e atual recordista mundial na modalidade.
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A lei antigay da Rússia não permite que menores de 18 anos tenham informações sobre a homossexualidade. Além disso, também proíbe a adoção de crianças por casais do mesmo sexo, além de coibir qualquer tipo de manifestação a favor da união de pessoas do mesmo sexo.
Qualquer atleta, treinador ou torcedor gay ou defensor dos direitos dos homossexuais, pode ser preso por até 14 dias e, depois, ser expulso do país. A lei causou protestos durante o Mundial. As suecas Moa Hjelmer e Emma Green-Tregaro chegaram a pintar as unhas com as cores do arco-íris, símbolo homossexual. O americano Nick Symmonds dedicou sua medalha de prata nos 800m livre a seus amigos homossexuais. O fato irritou Isinbayeva.
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“É um desrespeito com o nosso país e nossos cidadãos. Nós, russos, somos diferentes do restante da Europa. Temos nossa casa e nossas leis, e todos devem respeitá-las. Inclusive, concordo com elas. Quando vamos a outros países, tentamos seguir suas regras”, disse Isinbayeva.
(Com agência Gazeta Press)