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Felipão: ‘Se seguir assim, Brasil pode bater qualquer time’

Técnico não quis comentar vaias à presidente e se limitou a elogiar torcedores

“Tomei uma pancada, mas está tudo certo”, disse Neymar, que apareceu mancando na sala de entrevistas do estádio. Felipão mostrou preocupação com o atleta

Luiz Felipe Scolari vinha mostrando irritação com a desconfiança que cercava sua equipe. Depois da boa estreia contra o Japão, neste sábado, em Brasília, o treinador da seleção brasileira destacou o potencial do grupo montado por ele para a Copa das Confederações. “O que mais me agradou, além do resultado, foi a evolução tática da equipe, a forma como ela se comportou desde o início. Se for sempre assim, nós teremos uma grande equipe”, comemorou. Para o técnico, ainda há muito trabalho pela frente, mas já é possível dizer que o time não faria feio nos duelos contra outras equipes de primeiro escalão, como Espanha, Argentina e Alemanha. “Não foi a perfeição, claro. Mas se nós continuarmos taticamente equilibrados, temos equipe para enfrentar qualquer adversário em condições de vencê-los.” Felipão não quis comentar as vaias à presidente Dilma Rousseff antes do jogo e preferiu exaltar o comportamento da torcida, que apoiou bastante a equipe durante quase todo o jogo. “Quando a gente marca o gol logo aos 2 ou 3 minutos, o público vem junto mesmo”, afirmou. “Quando mais de 60.000 pessoas cantam nosso hino, amedrontam o adversário.” O treinador também tratou de valorizar o próximo oponente, o México, adversário da próxima quarta-feira, em Fortaleza. “É uma pedra no nosso sapato, e a gente precisa tirá-la da frente para ganhar ainda mais tranquilidade. “Eles vêm complicando a nossa vida há anos, e já está na hora de vencer, ainda mais com o apoio da nossa torcida lá de Fortaleza, que é fantástica.”

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Principal responsável pela vitória da equipe de Felipão, Neymar apareceu na sala de entrevistas do estádio mancando e recebeu o prêmio de melhor jogador da partida (a eleição é feita através de uma votação popular no site da Fifa). Apesar disso, negou estar preocupado com uma possível ausência no próximo jogo: “Tomei uma pancada, mas está tudo certo”. Ele explicou o lance do golaço que abriu caminho para a vitória. “Foi uma jogada rápida, em que o Fred dominou a bola já ajeitando para mim. Eu tive a felicidade de acertar o chute.” Ao ser questionado sobre a atuação do jovem craque, Felipão acabou mudando de discurso – depois de se alongar em respostas extremamente elogiosas nos jogos em que o camisa 10 teve papel discreto, desta vez o técnico avaliou a partida de Neymar como “boa” e pareceu preocupado com a saída prematura do jogador após a lesão. Jô, que entrou no fim e marcou o terceiro gol, e Luiz Gustavo, cada vez mais consolidado como titular da cabeça de área, também mereceram elogios do treinador. “Ele ganhou a oportunidade e está aproveitando bem, plantando agora para colher mais à frente”, disse, sobre o centroavante do Atlético-MG. Sobre o volante do Bayern, Felipão ressaltou sua importância para o equilíbrio do meio. “Quando o setor de meio-campo joga bem compacto, o time não permite muitas chances do adversário”, ensinou. A comemoração do segundo gol brasileiro, em que todos os titulares correram para o banco para festejar com os reservas, também chamou a atenção do treinador. “Nota-se que os nossos atletas já têm um ambiente melhor do que a gente sentia quinze dias atrás.”

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