Quem tem mais de 40 anos ainda guarda na memória a imagem do Passat de primeira geração, lançado pela Volkswagen em meados de 1973, na Alemanha, e fabricado no Brasil a partir do ano seguinte. A versão “esportiva” TS, de 1976, prometia fazer de 0 a 100 km/hora em 14 segundos e era o sonho de consumo de muitos garotões da época, da mesma forma que o GTS Pointer, lançado em 1984 e equipado com o mesmo motor 1.8 do Santana. Passadas quatro décadas, o modelo acumula mais de 20 milhões de unidades produzidas e está em sua sétima geração. Faz 25 anos que deixou de ser fabricado no Brasil, sendo importado da Alemanha a partir de 1994.
Inspirado nas linhas retas do Audi 80, de quem também herdou a plataforma, o Passat de primeira geração foi desenhado pelo designer italiano Giorgetto Giugiaro. Concebido primeiramente com carroceria fastback – aquela em que a traseira dos modelos exibe inclinação decrescente suave -, o primeiro Passat ainda deu origem a uma versão perua e foi produzido até 1980, quando estreou a segunda geração. A partir daí ele ganhou status de carro mundial e passou a ser fabricado em outros países, como Bélgica, Espanha, México, Japão e África do Sul.
No Brasil, a segunda geração chegou a conviver com a primeira a partir de 1984, com o lançamento do sedã Santana, e a estreia, no ano seguinte, da perua Quantum. Em 1988, o Passat deixou de ser produzido nas plantas da Volks de São Bernardo do Campo e Taubaté, ambas em São Paulo, mas o sedã e a perua permaneceram na gama da VW até 2006. Na China, mercado de maior sucesso do Santana, ele sobreviveu quase intacto até janeiro deste ano, quando iniciaram as vendas do novo Santana, maior e mais moderno. Por aqui, o sedã repaginado deve ser lançado até o fim deste ano.
Além de Zwickau, na Alemanha, a atual geração do Passat é produzida nos Estados Unidos, na nova fábrica de Chattanooga, e em Xangai, na China. A versão vendida no Brasil vem da Alemanha nas configurações, sedã, Variant (perua) e CC (cupê), custando a partir de 114.480 reais.