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Corintianos soltos na Bolívia são recebidos na embaixada brasileira

Torcedores ficam em La Paz até de domingo, quando embarcam de volta a SP

Quatro dos sete torcedores do Corinthians que deixaram a prisão de Oruro na quinta-feira visitaram nesta sexta a embaixada do Brasil na Bolívia. Tiago dos Santos Ferreira, Danilo Silva de Oliveira, Raphael Castilho de Araújo e Cléber de Souza Cruz foram recebidos pelo embaixador Marcelo Biato. Eles estavam acompanhados do padre brasileiro Aldo Pasqualotto, que há mais de dez anos ajuda imigrantes no país vizinho, e que abrigou o grupo na Pastoral da capital boliviana. Os jovens estavam visivelmente abalados, mas receberam o apoio e um pedido diplomático: que evitem críticas à conduta das autoridades bolivianas para garantir a libertação do restante do grupo.

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Também deverão chegar à capital La Paz no início da madrugada desta sexta Tadeu Macedo Andrade, Fabio Neves Domingos e Hugo Nonato, após visitarem os cinco torcedores que ainda ficaram detidos no centro penitenciário San Pedro: Leandro Silva de Oliveira, Reinaldo Coelho, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefeire e Cleuter Barreto Barros. O trio ficou na cidade acompanhado do ministro conselheiro da embaixada, Eduardo Saboia, que confia na libertação dos demais. “Estamos convencidos de que todos são inocentes”, afirmou, na quinta-feira.

Durante o dia em Oruro, o grupo que ganhou a liberdade aproveitou para agradecer a ajuda de alguns bolivianos que, durante os 107 dias de detenção, ajudaram enviando comida e roupa. No fim da tarde, Tadeu prestou um novo depoimento na delegacia local, que pode ajudar no processo de libertação de pelo menos outros dois torcedores que continuam presos. Reginaldo e Marco Aurélio, segundo as declarações do tesoureiro da Gaviões da Fiel, não estavam dentro do estádio no momento em que o torcedor boliviano Kevin Espada, de 14 anos, foi atingido por um sinalizador atirado pela torcida corintiana.

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Os sete torcedores livres dormirão na pastoral de Aldo Pasqualotto até domingo, quando às 6h50 embarcam de volta para São Paulo. Eles foram detidos no dia 20 de fevereiro, acusados de participação na morte de Kevin durante a partida com o San José, pela Copa Libertadores da América. De acordo com representantes do Itamaraty, os sete foram soltos por falta de provas. Os outros cinco presos, segundo informações passadas pela Justiça boliviana, ainda estão qualificados como suspeitos do assassinato.

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