Com reservas, Uruguai destroça o Taiti. Na quarta, o Brasil
A seleção celeste fez 8 a 0 no Recife e avançou para o duelo eliminatório com os anfitriões, quarta-feira, no Mineirão. O simpático Taiti se despede sob aplausos
O Taiti se despediu do torneio aplaudido pelos pernambucanos – e com um total de 23 gols sofridos em três jogos. Já o Uruguai, com duas vitórias e uma derrota, agora espera interromper a boa sequência da seleção brasileira
O jogo era decisivo para o futuro do Uruguai na Copa das Confederações, mas nem sequer o risco – ínfimo, é verdade – de eliminação preocupou o técnico Óscar Tabárez antes do duelo com o fragilíssimo Taiti, neste domingo, na Arena Pernambuco, no Recife. Sabendo que só uma hecatombe seria capaz de tirar a vaga de sua equipe, o treinador do selecionado celeste mandou a campo seus reservas – os craques Forlán, Suárez e Cavani, além do capitão Lugano, foram poupados. E os suplentes deram conta do recado com extrema facilidade, goleando os taitianos por 8 a 0, confirmando sua classificação às semis e marcando um encontro com a seleção brasileira na quarta-feira, às 16 horas (de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte. Quem ganhar segue para o Rio de Janeiro para jogar a final, no próximo domingo, no Maracanã, contra o vencedor do jogo entre Itália (segunda colocada do grupo do Brasil) e Espanha (que superou a Nigéria por 3 a 0 em Fortaleza, também neste domingo).
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O público pernambucano, que não chegou a lotar a arena, repetiu o comportamento dos mineiros e cariocas nas duas primeiras partidas do Taiti na competição e apoiou com grande empolgação a nanica campeã da Oceania. Os uruguaios, experientes, não deram ouvidos para a torcida e trataram de atropelar rapidamente o frágil adversário. Com três gols só no primeiro tempo, o atacante Abel Hernandez foi o grande destaque. Diego Perez completou o placar da etapa inicial: 4 a 0, superando a Espanha, que fez três na primeira metade de seu encontro com os taitianos. Faltavam seis gols em 45 minutos para igualar o recorde espanhol. Na segunda etapa, porém, o Uruguai começou com dois tropeços. Primeiro, perdeu um pênalti com o veteraníssimo Scotti, de 37 anos, atleta mais velho do torneio – Meriel, terceiro goleiro do Taiti, defendeu e vibrou muito. Em seguida, ficou com um homem a menos quando o próprio Scotti, com a imaturidade de um jogador vinte anos mais jovem, foi tolamente expulso após levar o segundo cartão amarelo por falta violenta.
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Por alguns minutos, o amplo domínio uruguaio ficou um pouco menos acentuado, mas logo o massacre recomeçou: com a expulsão de Ludivion, também por acúmulo de amarelos, aos 14, ficou tudo igual, dez homens para cada lado. Logo na sequência, aos 15, Lodeiro marcou o quinto. Em novo pênalti para o Uruguai, Abel Hernandez fez o sexto, seu quarto na partida. Sabendo que o recorde histórico de gols ainda era possível, Tabárez colocou seu grande artilheiro, Luís Suárez, no lugar de Gastón Ramírez. O “coelho canibal”, porém, estava manso neste fim de semana e marcou “apenas” duas vezes, primeiro com extrema categoria, entortando o zagueiro e finalizando com muita frieza, aos 37 minutos, e depois com muita tranquilidade, em chute preciso, no último minuto. O Taiti se despediu do torneio aplaudido pelos pernambucanos, cobertos por bandeiras do país anfitrião e com uma faixa com a mensagem “Obrigado, Brasil” – e com um total de 23 gols sofridos em três jogos. Já o Uruguai, com duas vitórias e uma derrota, agora espera interromper a boa sequência da seleção brasileira e estragar a festa dos anfitriões, como já fez no Mundial de 1950.