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Cartolas querem mais dinheiro, mas rejeitam interferências

Ministro reúne dirigentes para apresentar regras para repasses milionários do Plano Brasil Medalha. E deve enfrentar resistência dos chefes das entidades

Por coincidência, a reunião desta quarta precede mais uma reeleição do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, candidato único no pleito marcado para sexta-feira

Em uma entrevista exclusiva publicada em VEJA no mês passado, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu o fim dos mandatos quase intermináveis dos cartolas do país, avisando que “é preciso limitar o tempo de mandato dos dirigentes a três ou quatro anos, com direito a apenas uma reeleição”. “Democratização e profissionalismo são as palavras-chave”, disse o ministro, que promete cobrar a eficácia dos gestores do setor como condição para liberar as verbas multimilionárias que abastecem o esporte de alto rendimento no país. Nesta quarta-feira, Aldo tenta começar a colocar essa plano em prática, numa reunião com representantes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e das confederações de modalidades. O encontro, em Brasília, servirá para o governo apresentar aos dirigentes as regras para a distribuição de dinheiro público, que deve alcançar os 2,5 bilhões de reais até 2016. Os cartolas, porém, vão para a reunião dispostos a complicar a missão do ministro. Incomodados pela tentativa de interferir no poder das entidades, eles torcem o nariz para a iniciativa (louvável, diga-se) do governo.

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Ao contrário do que ocorreu no Brasil, porém, os investimentos pesados dos britânicos deram um resultado claro

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