Brasil promete superar os Jogos Paralímpicos de Londres
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, afirma que o Rio fará a melhor competição da história. Meta é superar os 2,7 milhões de ingressos vendidos
O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, afirmou nesta sexta-feira que os Jogos Paralímpicos Rio-2016 serão melhores do que os de Londres. “Quando devolvermos a bandeira ao Comitê Paralímpico Internacional na cerimônia de encerramento dos Jogos do Rio, o movimento paralímpico será ainda mais forte”, declarou Parsons, em uma coletiva de imprensa na capital britânica, onde a cidade brasileira fará uma participação no encerramento das Paralimpíadas de Londres no próximo domingo.
Os Jogos Paralímpicos de Londres têm sido considerados os mais importantes já organizados desde a primeira versão, em Roma, em 1960. Ao todo foram vendidos 2,7 milhões de ingressos, e os estádios têm ficado lotados para as competições.
“Estamos confiantes de que podemos levantar a barra ainda mais”, assegurou Parsons, que disse que não se surpreendeu com o sucesso dos Jogos de Londres.
Os investimentos brasileiros no esporte para deficientes dobraram: foram de 77 milhões de reais, entre 2005 e 2008, para 165 milhões de reais, entre 2009 e 2012, com 98% de capital público, explicou Parsons. Isso se refletiu em Londres, onde os atletas brasileiros se tornaram estrelas dos Jogos Paralímpicos, iniciados em 29 de agosto.
O nadador Daniel Dias, por exemplo, ganhou quatro medalhas de ouro. O velocista Alan Fonteles superou a estrela dos Jogos, o sul-africano Oscar Pistorius, nos 200 metros. A seleção brasileira de futebol de cinco para cegos também se classificou para a final e pode defender a invencibilidade no esporte, indroduzido no programa paralímpico em 2004.
De acordo com Parsons, os atletas paralimpícos ajudaram a promover o esporte para pessoas com deficiência no Brasil e a transformar a percepção do público sobre os deficientes. Um dos efeitos práticos desejáveis dessa mudança é a melhoria geral das condições de acessibilidade. “Estamos em um país onde ainda há um longo caminho a percorrer em termos de inclusão social para as pessoas com deficiência”, reconheceu. “Talvez nós não seremos um país perfeito para pessoas com deficiência em 2016, mas (as Paralimpíadas) vão ajudar a avançar neste sentido”.
O diretor-geral do Comitê Organizador do Rio-2016, Leonardo Gryner, afirmou que espera superar a marca de 2,7 milhões de ingressos vendidos em Londres, para as competições paraolímpicas no Rio, em 2016. De acordo com Gryner, os Jogos devem deixar um grande legado para os 15% da população do país que têm “necessidades de acessibilidade permanentes”. “Através dos Jogos Paralímpicos, podemos trazer isso para o público e trabalhar para obtê-lo em nossas vidas diárias”, acrescentou.
(Com AFP)
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