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Argentina espera suprir ausência do futebol nos Jogos com hóquei e basquete

Fernando Czyz. Buenos Aires, 25 jul (EFE).- No início de uma nova era do esporte olímpico, com a criação da Entidade Nacional de Alto Rendimento Deportivo (Enard), a delegação argentina disputará os Jogos Olímpicos de Londres com 137 atletas e a premissa de somar experiência para seus atletas e algumas esperanças de medalhas. Com a […]

Fernando Czyz.

Buenos Aires, 25 jul (EFE).- No início de uma nova era do esporte olímpico, com a criação da Entidade Nacional de Alto Rendimento Deportivo (Enard), a delegação argentina disputará os Jogos Olímpicos de Londres com 137 atletas e a premissa de somar experiência para seus atletas e algumas esperanças de medalhas.

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Com a notável ausência de seu time de futebol, atual bicampeão olímpico, as grandes expectativas de somar medalhas em Londres se limitam às equipes de hóquei sobre grama feminino, basquete masculino, vela, remo, judô e atletismo.

O esporte argentino, com grandes dificuldades de financiamento para suas modalidades não profissionais ao longo da história, em 2009 começou um novo processo com a sanção da lei que criou o Enard, uma fonte nova de recursos proveniente de um imposto sobre a telefonia celular.

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‘Vamos ter uma colheita de medalhas austera. Temos muitos atletas novos, que estão em um período de transição, e estes Jogos servirão como ponte para Rio 2016’, disse Gerardo Werthein, presidente do Comitê Olímpico Argentino e do Enard.

O grande vazio da comitiva argentina será seu time de futebol, que após conquistar suas primeiras duas medalhas de ouro olímpicas em Atenas e Pequim, não conseguiu a vaga para Londres, depois de ficar em terceiro no Sul-Americano Sub-20 do ano passado.

Diante deste cenário, Claudio Morresi, secretário de Esportes da Argentina, resumiu as expectativas em sua afirmação: ‘É lógico que o basquete e ‘As Leoas’ são nossos principais candidatos ao pódio’.

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‘As Leoas’, como é conhecida a seleção feminina de hóquei sobre grama, terá em Luciana Aymar sua referência que, além disso, será a porta-bandeira da delegação argentina na cerimônia de abertura no estádio olímpico de Londres.

Luciana será a sexta mulher a levar a bandeira branca e azul na história dos Jogos Olímpicos, e buscará conseguir o último título que falta para esta equipe de elite mundial.

‘Nosso objetivo é ganhar a medalha de ouro. Apesar de termos que ir passo a passo, vamos focalizadas nesse objetivo’, disse Luciana à Agência Efe.

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Por sua vez, a denominada ‘Geração de Ouro’ do basquete, com Emanuel Ginóbili e Luis Scola, buscará repetir a proeza de conquistar uma medalha, como a de ouro, em Atenas 2004, ou a de bronze, em Pequim 2008.

‘O objetivo deste grupo será tentar subir ao pódio novamente, como fizemos nas últimas duas Olimpíadas. Estamos cientes do quão difícil será conseguir isso, mas temos fé como grupo’, declarou ‘Manu’, que joga no San Antonio Spurs na NBA.

Com a sexta delegação mais numerosa de sua história e a segunda com mais representantes olímpicos, atrás do Brasil em Londres, a Argentina deposita suas esperanças de pódio em alguns atletas de destaque.

No remo, com dez classificados, a delegação reedita uma presença importante em Jogos Olímpicos em um esporte que já deu à Argentina quatro medalhas – uma delas de ouro, em Helsinque, em 1952, no double skiff com Tranquilo Capozzo e Eduardo Guerrero.

María Gabriela Best e Laura Abalo (dois sem timoneiro), Ariel Suárez e Cristian Rosso (duplo par masculino), junto com a experiência de Santiago Fernández (single skull) são os nomes com mais expectativas para Londres.

O experiente Mariano Reutemann (32 anos), na categoria RS:X da vela, e que neste ano foi o quarto colocado na Copa do Mundo de Miami; e Julio Alsogaray, na classe laser, serão os líderes do grupo de oito regatistas argentinos no iatismo. Com oito medalhas, esta é a segunda modalidade que mais contribuiu para a história olímpica argentina.

O ciclista Walter Pérez, medalha de ouro em Pequim 2008 junto com Juan Curuchet na categoria madison, buscará um novo pódio quatro anos depois, mas em uma nova especialidade olímpica: o omnium.

Por sua vez, o atletismo do país vive um momento de reflorescimento com nove representantes na concorrência de Londres com os lançadores Jennifer Dahlgren (martelo), Germán Lauro (disco) e o jovem Braian Toledo (dardo) como maiores aspirantes.

O tênis também representa uma esperança de pódio para a delegação argentina; Juan Martín del Potro, Juan Mónaco e David Nalbandian, nas duplas com Eduardo Schwank, buscarão vencer na ‘Meca do tênis’ de Wimbledon.

Gisela Dulko e Paola Suárez tentarão alcançar seu grande sonho de conseguir uma medalha olímpica.

Os judocas Paula Pareto (até 48 kg), bronze em Pequim 2008, junto com Emmanuel Lucenti (até 81 kg), o taekwondista Sebastián Crismanich, campeão pan-americano e ouro no Pré-olímpico de Querétaro, são as três esperanças nos esportes de luta. EFE

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