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A velha ‘perua’ Kombi faz 55 anos. No Brasil

Em meio a tantas novidades automotivas que pipocam quase todos os dias, de formas atraentes e recheadas de tecnologia, uma velha senhora se destaca pela simplicidade e longevidade. A Kombi, o primeiro veículo da Volkswagen fabricado no Brasil. Neste domingo, ela completa 55 anos de produção nacional. Foram mais de 1,53 milhão de unidades que […]

Em meio a tantas novidades automotivas que pipocam quase todos os dias, de formas atraentes e recheadas de tecnologia, uma velha senhora se destaca pela simplicidade e longevidade. A Kombi, o primeiro veículo da Volkswagen fabricado no Brasil. Neste domingo, ela completa 55 anos de produção nacional. Foram mais de 1,53 milhão de unidades que saíram da fábrica da VW de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, para ser de tudo um pouco. De veículo de carga a lotação, de viatura policial a ícone da contracultura, de escritório móvel a item de colecionador. Atualmente 792 pessoas, divididas em dois turnos, são responsáveis pela produção de 90 unidades da perua diariamente.

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Os primeiros esboços da Kombi surgiram no fim dos anos 1940, pelas mãos do holandês Ben Pon, que desenhou em seu bloco de anotações um veículo utilitário baseado no Fusca. O nome vem do alemão Kombinationfahrzeug, que quer dizer veículo combinado ou multiuso. No início da década seguinte, a produção teve início na Alemanha. Entre as características inovadoras destacavam-se a carroceria monobloco, a suspensão reforçada e o motor traseiro, refrigerado a ar e de apenas 25 cv de potência. Anos mais tarde, ela desembarcou no país, importada pela Brasmotor, na época representante da Chrysler no país.

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Em 1957, as primeiras unidades da Kombi deixavam a linha de produção brasileira, com 50% de nacionalização. O formato exótico, a estrutura robusta e o baixo custo de manutenção cativaram os brasileiros de cara. Também era fácil de manobrar e o modelo nacional era praticamente idêntico à versão alemã. O motor era um boxer de quatro cilindros, 1.200 cm³ com 30 cv de potência e estava associado a um câmbio de quatro marchas. A tração, traseira, demorava 25 segundos para levar a perua até 90 km/h.

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Ao longo de cinco décadas, surgiram versões com carroceria picape e cabine dupla. Motores movidos a diesel e etanol foram agregados à linha e o estilo da carroceria chegou a ser atualizado algumas vezes, mas sem perder os contornos originais. Em 1997, ela ganhou sua aparência atual, com teto mais alto, porta lateral corrediça e sem aquela divisória atrás do banco dianteiro. Em 2005, veio o motor 1.4 Total Flex, capaz de entregar 80 cv.

Apesar da popularidade, o futuro da boa e velha Kombi ainda é incerto. Muitos apostam no fim da produção para 2014, quando entra em vigor a legislação que obriga a inclusão de freios com ABS e airbags para todos os veículos fabricados no país. Na matriz da VW, na Alemanha, os engenheiros já trabalham em uma substituta baseada no conceito elétrico e-bulli – bulli é o apelido carinhoso dado pelos alemães à Kombi -, mostrado no ano passado em Genebra, na Suíça. Quando a nova Kombi vai chegar por aqui, ninguém se sabe. Mas uma coisa é certa, vai ser difícil ela, mesmo com formas atraentes e recheada de tecnologia, desfrutar do mesmo carisma da boa e velha senhora.

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