Gabigol vive pior início desde 2018 e jejum de 77 dias com bola rolando
Contra o Racing, atacante do Flamengo tenta por fim a série pessoal negativa na atual temporada — marca ocorre desde que ganhou a camisa 10
Artilheiro da Libertadores de 2019 e e 2021, o atacante Gabriel Barbosa ainda não balançou as redes na atual edição da competição. Aliás, fazer gols se transformou em um enorme desafio para o camisa 10 do Flamengo neste início de ano.
Coincidentemente, desde que assumiu o novo número na camisa, ele vive o pior início de temporada desde 2018. Já são 15 jogos, ou 77 dias, sem balançar as redes com a bola rolando.
Nesta quinta-feira, 4, o time carioca enfrenta o Racing-ARG, às 19h (de Brasília), no estádio Presidente Perón, em Avellaneda, com o jogador tentando reencontrar a sua melhor versão novamente. O jogo é válido pela terceira rodada do grupo A.
Atuando mais longe da área e próximo ao meio-campo, com Pedro como principal referência no ataque, Gabigol vive momento de maior cobrança desde que voltou ao Brasil, em janeiro de 2018.
Na ocasião, pelo Santos, nos primeiros 23 jogos marcou exatamente os mesmos 11 gols da atual temporada. Em 2020, chegou a 16 no mesmo recorte. Em 2021, por sua vez, teve o melhor início, com 23 gols e, em 2022, balançou as redes 15 vezes.
O jejum, por sua vez, leva em conta a ausência de gols com a bola rolando, em situações de jogo sem cobranças de faltas ou pênalti. Apesar de ter balançado as redes na goleada por 8 a 2 diante de Maringá, no último dia 26 de abril, pela Copa do Brasil, e no triunfo por 3 a 0 contra o Coritiba, dez dias antes, pelo Brasileiro, ambos os gols foram marcados de pênalti.
Os últimos com a bola rolando aconteceram na vitória por 3 a 1 contra o Volta Redonda, ainda em 15 de fevereiro, pela primeira fase do Campeonato Carioca.
Contra os paranaenses, o atacante foi alvo de xingamentos de parte da torcida presente no Maracanã. Em postagem nas redes sociais, chegou a rebater: “a verdade sempre aparece”, escreveu.
Maior artilheiro do país em Libertadores, com 28 gols, ao lado de Luizão, e autor de gols em três finais – 2019, 2021 e 2022 – não dá para duvidar de uma redenção justamente na competição sul-americana.
Se não fizer, porém, ele piora a marca de 2018 já que na 24ª partida daquele ano chegou a 12 gols. Um desafio e tanto na Argentina.