Efeito Cuca e fim do jejum de Hulk: os trunfos do Galo contra o Palmeiras
Atlético Mineiro foi eliminado pelo rival alviverde na semifinal da Libertadores de 2021; classificação neste ano passa por derrotar o algoz Abel Ferreira
Desde que as quartas de final da Libertadores foram definidas, no início de julho, o jogo entre Atlético Mineiro e Palmeiras tomou boa parte dos holofotes. O duelo, que coloca frente a frente o detentor do título brasileiro e o atual líder do Campeonato Brasileiro e bicampeão da Libertadores, começa nesta quarta-feira, 3, às 21h30, no Mineirão.
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A partida tem um toque especial, por se tratar de um reencontro pela competição, após a semifinal de 2021, na qual o Palmeiras se deu melhor. O jogo, até por isso, tem tom de “vingança” pelo lado atleticano, e os principais trunfos são o efeito que o retorno recente de Cuca pode dar ao elenco e o possível fim do jejum de Hulk.
Ambos os nomes têm elementos especiais para o confronto desta quarta contra o Palmeiras, sendo um deles o treinador Abel Ferreira. Cuca, em seis encontros com o português, venceu apenas um e, apesar de ter perdido a mesma quantidade de vezes, foi vice-campeão da Libertadores de 2020 com o Santos e eliminado da edição de 2021.
Já Hulk conhece o treinador há mais tempo, desde os tempos de Porto, quando o adversário ainda era lateral-direito do Sporting. Entre 2008 e 2011, eles se enfrentaram cinco vezes, sendo três vitórias para o brasileiro (todas pelo Campeonato Português), um empate (em que o time azul e branco avançou) e uma vitória para o português (na Supertaça).
10 anos depois, os personagens se reencontraram, e Hulk não tem boas lembranças, ainda que, nas estatísticas frias, esteja invicto (cinco partidas, quatro empates e uma vitória atleticana). Pela semifinal da Libertadores de 2021, o atacante perdeu pênalti na ida, no Allianz Parque, e manteve o 0 a 0. Desse modo, na volta, no Mineirão, o 1 a 1 classificou o Palmeiras, pelo extinto critério do gol qualificado.
O Galo, eliminado de forma invicta da Libertadores passada, mais tarde venceu o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, praticando bom futebol sob o comando de Cuca. Porém, aquela eliminação em uma campanha sem derrotas segue engasgada do lado preto e branco de Belo Horizonte.
A chance de “vingança” já apareceu logo neste ano, mas em momento conturbado. O Atlético chega ao confronto com Cuca recontratado, após a demissão de Turco Mohamed, e Hulk em jejum, vivendo um dos piores momentos desde que chegou ao Galo.
De acordo com fontes ligadas ao clube, o clima no CT, a Cidade do Galo, melhorou com a chegada de Cuca. O ídolo da equipe trabalhou o lado psicológico do elenco, sendo esse um dos trunfos para a tentativa de classificação, mesmo vindo de uma derrota por 3 a 0 para o Internacional, no último domingo, 31. O treinador venceu a Libertadores de 2013 com o Atlético e, caso elimine o Palmeiras, clube por onde passou de maneira vitoriosa em 2016 e voltou em 2017, estará a mais três jogos do segundo troféu continental.
Entre os personagens do Galo que estarão dentro das quatro linhas, Hulk é quem mais gera esperança para a torcida. Artilheiro do elenco na temporada com 23 gols, não marca há cinco jogos e espera melhora contra o Palmeiras, como disse em entrevista à Globo após a derrota para o Inter: “Espero que, agora na quarta-feira, a sorte que nos faltou hoje possa estar com a gente, para que a bola entre.”
Apesar dos reforços nesta janela, Hulk segue sendo responsável pela maior parte das jogadas de ataque do Atlético. Desse modo, recuperar a boa fase e voltar a balançar as redes já seria um avanço para o Galo em busca da vaga na semifinal.
Para o jogo desta quarta-feira, o Atlético-MG não conta com o recém-chegado argentino Cristian Pavón, suspenso por confusão contra o próprio Galo, na Libertadores de 2021, quando defendia o Boca Juniors, e o volante Allan, punido pela Comissão Disciplinar da Conmebol em razão de expulsão na ida das oitavas de final contra o Emelec. O meia Matías Zaracho fez trabalhos na academia na última segunda-feira, 1º, e é dúvida, assim como o lateral-esquerdo Guilherme Arana, que deixou o jogo contra o Internacional com dores na coxa esquerda.