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Derrotas na Libertadores colocam pressão extra em Palmeiras e Flamengo

Últimos campeões continentais pouparam titulares na estreia visando a final estadual; rubro-negro tem situação mais cômoda, mas VP balança

Palmeiras e Flamengo têm chances de levantar mais um troféu no próximo domingo, 9, mas chegam pressionados para as decisões estaduais depois de perderem na estreia da Copa Libertadores na última quarta-feira, 5. Os técnicos portugueses Abel Ferreira e Vitor Pereira optaram por poupar titulares nas partidas fora de casa, priorizando as finais do Paulista e Carioca, respectivamente.

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O Palmeiras, que não perdia dois jogos seguidos desde novembro de 2021, foi derrotado por 3 a 1 pelo Bolívar, em La Paz. Agora, o Verdão precisará reverter o placar diante do Água Santa para conter uma eventual crise. O surpreendente clube de Diadema venceu o jogo de ida da decisão Estadual por 2 a 1 e joga pelo empate no Allianz Parque, em busca de seu primeiro título.

O Flamengo, por sua vez, foi derrotado pelo estreante Aucas, do Equador, por 2 a 1, em Quito, e retomou um clima de turbulência. A situação é relativamente cômoda para a final do Carioca diante do Fluminense, depois de ter vencido o jogo de ida por 2 a 0. O Tricolor, porém, chega embalado pelo triunfo por 3 a 1 sobre o Sporting Cristal, em Lima, na estreia da Libertadores.

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@gabigol
Gabigol foi titular em derrota do Flamengo na Libertadores

Abel e Vitor Pereira justificaram suas escolhas por poupar titulares e tentaram pregar tranquilidade para as finais e sequência da temporada. Porém, o palmeirense foi incisivo em críticas à arbitragem, enquanto o profissional Rubro-Negro considerou boa a partida seu time, apesar do resultado.

Em coletiva de imprensa ao lado do goleiro Marcelo Lomba, Abel reclamou: “É verdade que tivemos dificuldade, mas não foi só a altitude. Entramos muito bem no jogo, tínhamos uma estratégia muito bem traçada. Fizemos o primeiro gol, poderíamos ter feito o segundo. Tivemos oportunidades na primeira parte, depois cometemos erros que temos que corrigir. É muito difícil conseguirmos correr atrás de um adversário que está habituado a jogar aqui. Estávamos à espera de dois adversários: o Bolívar e a altitude. O terceiro não estávamos à espera”, falou em relação à arbitragem.

O português também pontuou a questão da altitude de 3.600 metros em La Paz, criticando a organização dos calendários. “Estava hoje no hotel e um hóspede estava a dizer como era possível jogar aqui com essa altitude. Não acham que é um sofrimento a mais? Não sou eu que organizo, infelizmente a Conmebol só lançou o calendário uma semana antes e tivemos que organizar essa viagem. Eu preciso ficar calado, não posso dizer tudo que penso sobre a organização dos eventos.”

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Também na altitude, mas a de Quito, cerca de 2.850 metros acima do nível do mar, o Flamengo foi derrotado. Sem culpar especificamente a geografia equatoriana, VP analisou: “Foi um jogo difícil, condições difíceis. Na minha opinião, fizemos um bom jogo. Tivemos momentos bons, de controle, de posse, de criar situações de gols. Na segunda parte, o jogo tornou-se mais aberto, menos controlado. Poderia ter dado para nós, como poderia ter dado para eles. Infelizmente foi para eles”.

Sobre a escolha por um time misto, respondeu que a escolha se deu em razão da sequência de jogos. “Eu não sou um técnico que trabalha com 11 jogadores. Vim para trabalhar com 20 e muitos jogadores, para tentar fazer todos evoluírem e preparar a todos para jogarem um calendário como esses.”

Contratado em janeiro, VP entra pressionado pela perda de quatro títulos na temporada: a Supercopa do Brasil, o Mundial de Clubes, a Recopa Sul-Americana e a Taça Guanabara, diante do próprio Fluminense. Abel Ferreira, por sua vez, tem sete títulos com o Palmeiras, podendo conquistar o oitavo.

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